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CPI da Petrobras convocará Barusco para novo depoimento

Walter Torre Júnior, do grupo WTorre, e Luís Carlos Borba, presidente da Toshiba, também terão que depor

14 mai 2015 - 17h12
Barusco disse à CPI que começou a receber propina por iniciativa pessoal em 1997
Barusco disse à CPI que começou a receber propina por iniciativa pessoal em 1997
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobras decidiu convocar Pedro Barusco para novo depoimento. Barusco ocupou o cargo de diretor de Operações da Sete Brasil, empresa criada em 2011 para gerenciar contratos da Petrobras para contratação de sondas marítimas. O requerimento de convocação foi aprovado nesta quinta-feira (14) pelo colegiado da comissão.

Em março, Barusco afirmou à CPI que, em 1997, passou a receber propina por iniciativa pessoal. Segundo ele, a prática foi estendida a outras pessoas da Petrobras entre 2003 e 2013. O ex-gerente da Sete explicou ainda que a propina paga pelas empresas contratadas variava entre 1% e 2% dos valores dos contratos. Afirmou também que, do total desviado, metade era destinada ao PT.

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Em mais de três horas de reunião, a comissão se dedicou a uma lista de 62 requerimentos relacionados como prioritários pelo relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Na relação, foram excluídos pedidos de quebra de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu.

O colegiado aprovou ainda a convocação do presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues. O relator informou que os doleiros ouvidos em Curitiba apontaram brechas legais no sistema financeiro.

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Também foram aprovados os depoimentos dos empresários Walter Torre Júnior (grupo WTorre), Luís Carlos Borba (presidente da Toshiba, acusada de contratos falsos com empresas do doleiro Alberto Youssef) e Fábio Pavan (envolvido em operações de vendas de poços da Petrobras na África).

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A comissão ouvirá ainda os executivos da Petrobras Gustavo Freitas, Vítor Tiago Lacerda e Marcos Guedes Gomes Morais, além dos empresários Roberto Mendes, João Antonio Bernardi e Giorgio Martelli, da empresa Saipem.

Eles serão ouvidos sobre contratos assinados entre as duas empresas, em 2011, para construção de gasodutos de interligação entre os campos de Sapinhoá, Lula e Lula Nordeste. Autor do requerimento de convocação desses nomes, o deputado João Carlos Barcelar (PTN-BA) destacou as denúncias de pagamento de propina para esses contratos.

“A suspeita é reforçada porque os contratos assinados envolvem diretorias comandadas pelos envolvidos no escândalo de corrupção na Petrobras e porque João Antonio Bernardi, sócio da Hayley Empreendimentos e Participações, filial brasileira da empresa Hayley S/A, offshore usada para pagar propinas aos ex-dirigentes da Petrobras, é diretor da empresa Toyo Setal”, explicou.

Diretor de Operações e Participações da Sete Brasil, Renato Sanches Rodrigues aguarda, desde às 9h30, o fim das votações de requerimentos na sala reservada da CPI para prestar depoimento ao colegiado. A Sete Brasil é investigada por pagamento de propina ao ex-diretor da estatal Renato Duque.

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Em deleção premiada, Pedro Barusco afirmou que a empresa pagou propina a diretores da Petrobras nos contratos de construção de 28 sondas de perfuração.

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Agência Brasil
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