O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 18, que "continua" com a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, à vaga no Supremo Tribunal Federal e ressaltou que espera que o Congresso possa sabatinar o nome no início do ano que vem. O chefe do Executivo ainda negou que haja crises entre ele e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). "Quando temos problema, sentamos e resolvemos."
A ponderação se deu durante café do presidente com jornalistas. Lula disse que "apenas cumpriu o dever e direito de escolher um nome que eu entendo que é ideal para ser ministro da Suprema Corte". "Indiquei o companheiro Messias, que é uma pessoa altamente capacitada como advogado, é uma pessoa altamente capacitada na relação com a Suprema Corte e ele seria um motivo de orgulho muito grande para esse País", afirmou.
O presidente afirmou que "houve um problema" porque o Senado "queria indicar" o senador Rodrigo Pacheco ao STF. "É um companheiro que tem muito mérito, uma pessoa que eu gosto principalmente, que é uma pessoa que eu sonhei em fazer de ser candidato pra ganhar as eleições de Minas Gerais e ser governador das Minas Gerais. Mas aconteceu um imprevisto, não estava previsto, o Barroso se aposentou, então o companheiro Pacheco mudou de posição."
O chefe do Executivo disse "continuar" com o nome de Messias e apontou que vai "encaminhar a papelada toda" ao Senado. "Eu sei que a indicação não será mais votada este ano. Então, eu vou fazer com que, sabe, quando eu votar o recesso, o nome do Messias esteja lá e eu espero que haja votação", apontou.
Em seguida, Lula falou sobre sua relação com Motta e Alcolumbre. "Pelo menos não tem nada pessoal entre eu e o companheiro Alcolumbre. Eu sou amigo do Alcolumbre, gosto pessoalmente dele, ele tem nos ajudado de forma extraordinária a aprovar grande parte das coisas que a gente quer aprovar. Então, não existe nada, não tem nenhuma crise entre eu e o Alcolumbre, entre eu e Hugo Mota. Cada um representa uma instância de poder nesse País e, quando tem um problema entre nós, a gente tem que conversar e resolver o problema", apontou.