CCJ da Alerj aprova revogação da prisão de Bacellar; tema agora vai ao plenário

Bacellar recebeu voz de prisão dentro da Superintendência da Polícia Federal do Rio na Operação Unha e Carne

8 dez 2025 - 13h30
(atualizado às 14h05)
Resumo
A CCJ da Alerj aprovou um projeto para revogar a prisão de Rodrigo Bacellar, detido pela PF na Operação Unha e Carne, e o tema será votado no plenário.
Membros da CCJ se reuniram nesta segunda-feira, 8, para votar o Projeto de Resolução sobre o caso
Membros da CCJ se reuniram nesta segunda-feira, 8, para votar o Projeto de Resolução sobre o caso
Foto: Reprodução/Alerj

Por 4 votos a 3, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão segue para votação no plenário, às 15h, com a participação dos 69 deputados. Para Bacellar ser solto, são necessários ao menos 36 votos favoráveis.

Na CCJ, votaram a favor da soltura os deputados Rodrigo Amorim (União), presidente da comissão; Fred Pacheco (PMN), vice-presidente da CCJ; Chico Machado (Solidariedade); e Alexandre Knoploch (PL). Votaram contra Elika Takimoto (PT); Carlos Minc (PSB) e Luiz Paulo (PSD).

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Bacellar foi preso na manhã de quarta-feira, 3, pela Polícia Federal (PF), alvo da Operação Unha e Carne. Segundo a PF, Bacellar é suspeito de ter vazado informações da Operação Zargun, em que o então deputado estadual TH Joias foi preso acusado de ligação criminosa com a facção Comando Vermelho (CV).

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Moraes, a PF argumentou que Bacellar "orientou o investigado na remoção de objetos da sua residência, a indicar um envolvimento direto "no encobrimento do investigado à atuação dos órgãos de persecução penal".

Rodrigo Bacellar em depoimento à Polícia Federal
Foto: Reprodução/TV Globo

Em depoimento à Polícia Federal (PF), o presidente da Alerj negou ser amigo do ex-deputado estadual TH Joias, mas admitiu ter falado com ele na véspera da operação para prender o então deputado.

"[Ele] pede para falar comigo sozinho, no canto: 'Tá sabendo de alguma operação amanhã para mim?'. Eu disse: 'Não estou sabendo nada. Está uma fofocaiada na Casa já faz três dias de que vai ter algum problema nessa semana para deputado, onde a fumaça for'. Aí, ele fala: 'Não, beleza, eu não sei o que eu faço, se vou embora'. 'Aí é com você. Eu, se estivesse no seu lugar, só me preocuparia com a tua filha pequena. Agora você tem que saber o que você faz ou deixa de fazer'", contou o presidente da Alerj à PF. (*Com informações do Estadão)

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Fonte: Portal Terra
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