Bolsonaro é o 4º ex-presidente a ser preso desde a redemocratização

Polícia Federal cumpriu uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã deste sábado, 22

22 nov 2025 - 07h53
(atualizado às 13h37)
Além de Jair Bolsonaro (PL), Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Fernando Collor (PRD) e José Sarney (MDB) também teriam direito a mais assessores do que já dispõem atualmente.
Além de Jair Bolsonaro (PL), Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Fernando Collor (PRD) e José Sarney (MDB) também teriam direito a mais assessores do que já dispõem atualmente.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente neste sábado, 22, em Brasília (DF), pela Polícia Federal em cumprimento a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, ele se torna o 4º ex-presidente a ser preso desde a redemocratização. Fernando Collor (PRD), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (MDB) também já foram prisão.

O ex-presidente, que já estava em prisão domiciliar, foi levado à sede da PF. Ele ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para figuras de alto escalão da política. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da Polícia Federal.

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Relembre os casos anteriores: 

  • Prisão de Collor

O ex-presidente da República Fernando Collor (PRD), foi preso em abril deste ano, em Maceió (AL), quando se preparava para pegar um voo para Brasília.

Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por corrupção a partir de investigação na Operação Lava Jato, além de ter que pagar 90 dias-multa.

O ex-presidente foi declarado culpado pelo recebimento de R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia em troca do direcionamento de contratos de BR Distribuidora. A decisão para o cumprimento da pena veio do relator Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que entendeu que o último recurso apresentado pela defesa do ex-presidente

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Moraes autorizou, em maio, que a pena do ex-presidente seja cumprida em prisão domiciliar, atendendo ao pedido da defesa que alegou que ele enfrenta comorbidades graves e depende de medicamentos de uso contínuo.

  • Prisão de Lula

Lula foi o primeiro presidente da Nova República preso. Em abril de 2018, o petista deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo para se entregar à Polícia Federal, depois de dois dias de negociação intensa.

Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. A detenção foi determinada pelo então juiz federal Sérgio Moro.

Lula ficou preso por um ano e sete meses em uma cela especial da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi solto após o STF declarar a prisão inconstitucional após condenação em segunda instância.

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Em 2021, as duas condenações que haviam colocado o petista atrás das grades foram anuladas.

  • Prisão de Temer

Pouco menos de um ano depois de Lula, Temer virou o segundo ex-presidente da Nova República detido. Ele foi preso preventivamente em março de 2019, acusado pelo Ministério Público Federal, no braço da Operação Lava Jato no Rio, de participar de organização criminosa, em uma investigação que mirava desvios em obras da Usina Nuclear Angra III, da estatal Eletronuclear. A ordem foi do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.

Quatro dias depois, Temer foi solto, por determinação do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região. Em maio, o TRF-2 decretou novamente a prisão preventiva de Temer, que ficou detido por mais seis dias. Ele foi solto mais uma vez após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder habeas corpus ao ex-presidente. Ele foi absolvido dessa acusação em 2022. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: Portal Terra
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