- VANIA CUNHA
A 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do estado, no Morro da Mangueira, deverá contar com duas bases e pelo menos 200 policiais. Pelo planejamento da ocupação - que segundo o governo do estado deve começar nos próximos dias -, a previsão é que as unidades provisórias da comunidade sejam inauguradas em meados de agosto.
O prazo para a inauguração depende da formatura de novos policiais que vão trabalhar na UPP. Outros, que se formaram na última turma, já aguardam a chamada. Mas a maioria ainda está em treinamento, que deve ser concluído até o fim de julho.
Os estudos para a nova UPP, que fechará o cinturão do Maciço da Tijuca, podem incluir ainda o Morro do Tuiuti, em São Cristóvão. O projeto para tomar a Mangueira é semelhante ao idealizado para a última UPP, do Complexo de São Carlos e das favelas de Santa Teresa. Isso porque há semelhanças no tamanho das áreas, da população e pelo fato de estarem localizadas em regiões centrais e bastante movimentadas.
A Mangueira será a primeira comunidade ocupada pelo Comando de Operações Especiais (COEsp), com efetivo de três unidades e aparato que inclui o caveirão aéreo, blindados da Marinha e da PM.
Orgulho de um 'caveira' rumo à 18ª missão
Integrante da tropa de elite desde 2001, o sargento Luiz Cláudio Soares, 38 anos, participou da pacificação de todas as 17 comunidades beneficiadas pelas UPPs. Para ele, fazer parte das missões é motivo de orgulho.
"É um misto de credibilidade e orgulho, porque acredito nesse processo de mudança na vida daquelas pessoas. São pessoas de bem e que queriam uma vida melhor. Me emocionei quando vi as crianças do Morro São João em posição de sentido quando fincamos a bandeira do Brasil", relembrou.