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Promotor e advogado batem boca pela 2ª vez no interrogatório

25 mar 2010 - 20h26
(atualizado às 20h35)
Celso Bandarra
Direto de São Paulo

O promotor Francisco Cembranelli e o advogado Roberto Podval, que defende o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, travaram um bate-boca pela segunda vez nesta quinta-feira, durante o interrogatório dos réus. O motivo da discussão foi o mesmo: Podval pedia para que Cembranelli citasse as páginas dos autos antes de questionar os réus.

Segundo Cembranelli, acareação é ato de desespero
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Como as indagações do promotor eram baseadas nos depoimentos dos acusados, Podval queria saber onde estavam escritos os pontos levantados pela acusação. "Eu não sou obrigado a fazer isso doutor, não tenho obrigação de fazer isso", disse Cembranelli, durante o interrogatório de Anna Jatobá. O juiz Maurício Fossen pediu para o promotor colaborar: "cite as páginas, por favor, não tumultue".

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Na avaliação do promotor, o pedido de Podval tem como objetivo dar tempo para os réus pensarem antes de responder as perguntas.

O caso

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.

O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.

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Fonte: Redação Terra
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