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PR: Justiça libera policiais acusados de tortura no caso Tayná

28 out 2013 - 16h51
(atualizado às 16h58)
<p>Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)</p>
Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)
Foto: Facebook / Reprodução

A Justiça do Paraná revogou a prisão preventiva dos 21 policiais acusados de abuso de autoridade, tortura, estupro, falso testemunho e lesão corporal contra os quatro jovens apontados como suspeitos de matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em Colombo (PR), em junho deste ano.

A Justiça também decretou pagamento de R$ 10 mil de fiança para cada um dos acusados, além de medidas cautelares. 

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Com a decisão da juíza Aline Passos, os policiais terão de comparecer em juízo a cada dois meses para informar e justificar suas atividades, não poderão se ausentar por mais de oito dias da comarca onde moram, serão afastados das funções policiais e não poderão chegar perto das supostas vítimas ou familiares do crime de tortura.

Em sua decisão, a juíza afirma que, após três meses de investigação, ainda não se vislumbra a conclusão do processo, o que justifica a revogação da prisão preventiva dos acusados. 

“Nesse compasso, devido ao enorme lapso temporal transcorrido, não há como se sustentar como legítima a custódia em tela, sem se vislumbrar o excesso de prazo de formação de culpa, o que poderá configurar o constrangimento ilegal, que já se faz patente na prisão dos denunciados”, diz trecho da decisão. 

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Caso Tayná

Tayná desapareceu no dia 25 de junho quando voltava da casa de uma amiga, nas proximidades de um parque de diversões, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O corpo da menina foi encontrado no dia 28 de junho. Três dos quatro suspeitos, presos no dia anterior, confessaram ter estuprado e matado Tayná. Um deles não teria participado diretamente do crime. No mesmo dia, o parque de diversões foi depredado e incendiado por moradores da região.

No dia 5 de julho, a Polícia Civil conclui o inquérito, indiciando Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, 22 anos, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25 anos, por estupro e assassinato da menina. Ezequiel Batista, 22 anos, irmão de Adriano, foi indiciado como cúmplice do crime. 

Porém, no dia 9 de julho, o resultado de exame de DNA indicou que o sêmen encontrado na calcinha da garota não é compatível com o material genético de nenhum dos quatro acusados. Na sequência, em depoimento ao Ministério Público, os quatro acusados negaram participação no crime e denunciaram terem confessado sob tortura. Com a contradição entre o inquérito e a prova pericial, o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil.

Fonte: Terra
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