Aluna que escapou de massacre no Rio pode ficar paraplégica

7 abr 2011 - 16h14
(atualizado às 16h37)

O drama da comerciante Andréa Tavares começou nesta quinta-feira pela manhã, quando recebeu um telefonema dizendo que sua filha, Taiane Tavares Pereira, 13 anos, estava entre as vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio. Ao chegar ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, para onde foram levados inicialmente 13 alunos feridos, Andréa ficou sabendo que o caso da filha era grave. Os médicos disseram que a estudante da 7ª série foi atingida por três tiros, sendo que fragmentos dos projéteis se alojaram na área da medula.

Veja localização de escola invadida por atirador

O Hospital Universitário Pedro Ernesto também recebeu alguns feridos
O Hospital Universitário Pedro Ernesto também recebeu alguns feridos
Foto: Jadson Marques / Futura Press

Segundo Andréa, a filha não estava conseguindo sentir as pernas e corre o risco de ficar paraplégica. "O que eu quero é ver a minha filha andar novamente", pedia a comerciante, lembrando que Taiane estava praticando atletismo, na modalidade de salto em distância. "Ela estava muito feliz com a possibilidade de vir a competir".Como o caso de Taiane é grave, a menina foi transferida para o Hospital Adão Pereira Nunes para ser operada.

Atentado

Um homem matou pelo menos 11 crianças a tiros após invadir uma sala de aula da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da escola e se suicidou logo após o atentado. Testemunhas relataram que o homem portava mais de uma arma.

Wellington entrou na instituição alegando ser palestrante, e as razões para o ataque ainda são desconhecidas. O comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar, coronel Djalma Beltrame, afirmou que o atirador deixou uma carta de "teor fundamentalista", com frases desconexas e incompreensíveis e menções ao islamismo e a práticas terroristas. Os feridos foram levados para os hospitais estaduais Albert Schweitzer (que recebeu a maior parte das vítimas) e Adão Pereira Nunes, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e o Hospital da Polícia Militar.

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Agência Brasil
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