Marina Lacerda, brasileira de 37 anos, revelou abusos sofridos por Jeffrey Epstein desde os 14 anos e destacou sua colaboração com o FBI, incentivando outras mulheres a usarem suas vozes.
A brasileira de 37 anos Marina Lacerda detalhou os abusos que sofreu de Jeffrey Epstein, que começaram quando ela tinha 14 anos, em Nova York, nos Estados Unidos.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Nascida em Belo Horizonte, Marina foi morar no exterior em 1996, com a mãe e familiares. Ela revelou ao Fantástico, da TV Globo, que sofreu bullying na escola e, ainda na infância, foi abusada por um homem de sua família.
O primeiro contato aconteceu na mansão de Epstein, avaliada em milhões de dólares, quando ela foi levada por uma amiga para supostas “sessões de massagem”, que evoluíram para estupros frequentes.
“Ele tinha um quarto de massagem, um quarto escuro, sem janelas. Só tinha uma cama e uma prateleira cheia de cremes”, contou à reportagem.
O esquema funcionava em rede, com adolescentes sendo incentivadas a levar outras meninas. Segundo Marina, havia dias em que Epstein recebia entre cinco e dez vítimas.
“Perdi a sensibilidade do que era certo ou errado em termos de sexo ou abuso. Ele me via duas ou três vezes por semana. Depois passou a me pedir que levasse amigas”, disse na reportagem exibida neste domingo, 28.
Reconhecida pelo FBI como “vítima menor número um”, Marina colaborou com informações decisivas que levaram à prisão de Epstein em 2019. Ele morreu na cela, enquanto sua parceira, Ghislaine Maxwell, foi condenada a 20 anos de prisão.
Hoje, Marina vive em Nova Iorque e afirma que decidiu contar sua história publicamente para encorajar outras mulheres. "Use a sua voz. Não tenha vergonha. Não tenha medo. A paz é a coisa mais importante que existe na vida", concluiu.