Lúcia Aparecida Souza da Silva chorou muito ao ver a cena de sua filha, Tainara Souza Santos, de 31 anos, sendo atropelada e depois arrastada pelo carro de Douglas Alves da Silva, de 26 anos. Em entrevista ao Fantástico, transmitida neste domingo, 7, ela diz acreditar que ele fez isso para matar sua filha: “Não tem coração. Não tem justificativa”.
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O atropelamento oconteceu na manhã de sábado, 29, quando Tainara saia de um bar no Parque Novo Mundo, na zona norte de São Paulo. Ela estava acompanhada de uma amiga e de um rapaz quando o Douglas surge com o carro e a atropela. Segundo relatos de uma testemunha à polícia, que era amigo de Douglas, eles teriam terminado um relacionamento a pouco tempo e Douglas teria ficado com ciúmes de ver a Tainara conversando com outra pessoa. Isso o teria motivado a avançar com o carro nela.
“Um horror. Eu, como mãe, ainda fico pensando, assim… As pernas dela… O sofrimento ali. O povo buzinando… Foi pra matar mesmo”, disse a mãe, enquanto esperava no Hospital das Clínicas para visitar a filha.
Tainara segue internada em estado grave, sedada. Ela teve as duas pernas amputadas e passou por mais três cirurgias.
“Ela é forte. Tá se recuperando. Devagarzinho, aos poucos. Eu vou ser as pernas dela, ela tem muito amor, vai ter muito carinho da gente, das amigas, dos familiares. Ela vai ser feliz de novo", estima a mãe.
Douglas foi preso no dia seguinte do ocorrido por tentativa de feminicídio. Em depoimento, ele alegou que não conhecia a mulher. O policial insistiu, perguntando se havia algum envolvimento amoroso entre os dois – como apontam pessoas próximas da mulher.
"Não. Isso aí tá tudo mentira na internet, senhor. A verdade foi uma confusão que teve lá dentro com o cara que tava com ela. E, quando ele saiu, ele falou que ia me matar. Aí, quando eu virei a curva do carro, eu voltei. Tem uns vídeos e tudo, tá? Eu voltei, eu fui pra atropelar ele, não foi ela. Eu não conheço ela, não", disse Douglas.
O Terra tenta localizar a defesa de Douglas em busca de um posicionamento e o espaço será atualizado em caso de retorno.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada. Saiba mais sobre como denunciar aqui.