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Sobreviventes da Boate Kiss têm prioridade em vacina contra gripe A

As pessoas que tiveram contato com a fumaça no dia 27 de janeiro estão incluídos no grupo de risco da vacinação

25 mar 2013 - 13h26
(atualizado às 13h32)
<p>Na última sexta-feira, a Polícia Civil entregou o inquérito da tragédia na Boate Kiss para a Justiça</p>
Na última sexta-feira, a Polícia Civil entregou o inquérito da tragédia na Boate Kiss para a Justiça
Foto: Rafael Happke / Futura Press

Todas as pessoas que tiveram contato com a fumaça tóxica que matou 241 pessoas na Boate Kiss, na tragédia de 27 de janeiro deste ano, terão prioridade na vacina contra a gripe A (H1N1) no Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado, elas se enquadram no grupo por serem considerados pacientes com complicações respiratórias, o que dá direito ao atendimento prioritário e gratuito. Para isso, as pessoas têm de mostrar uma prescrição médica, que pode ser obtida em um posto de saúde ou por meio de um médico.

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A vacinação contra a gripe A está prevista para ocorrer entre 15 e 26 de abril no Rio Grande do Sul. Fazem parte do grupo de risco crianças de 6 meses a 2 anos de idade, além de pessoas com mais de 70 anos, profissionais de saúde, gestantes, indígenas, mulheres que tiveram filhos em até 45 dias anteriores à vacinação e portadores de doenças crônicas. O Estado vai receber 3,1 milhões de doses da vacina contra a gripe A na primeira fase da campanha. 

Imagens mostram início do incêndio na Boate Kiss
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Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou 241 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

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Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

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Fonte: Terra
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