Mourão diz que milícias devem ser enfrentadas no Rio

Vice-presidente isentou governo federal da responsabilidade sobre queda de prédios em comunidade

12 abr 2019 - 13h23
(atualizado às 14h08)

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, isentou o governo federal de qualquer responsabilidade sobre a queda de dois prédios na comunidade da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro, e afirmou que as milícias, que dominavam a região, devem ser enfrentadas.

Vice-presidente da República, general Hamilton Mourão
Vice-presidente da República, general Hamilton Mourão
Foto: Reuters

Em entrevista à Radio CBN na manhã desta terça-feira, 12, Mourão disse que o Estado do Rio tem que ter maior controle sobre determinadas áreas. "A gente sabe que aquelas áreas são dominadas por facções. Então o que sobra para o governo federal é mais um auxílio ao Estado em relação a alguma necessidade que ele precise nessa busca pelos corpos das pessoas que estavam nos dois prédios e também um prazo maior à cooperação com a questão da Segurança Pública", disse.

Publicidade

Para Mourão, há necessidade de se buscar uma forma de atuação coordenada entre as três esferas de governo para combater as facções criminosas. "(as facções e milícias) Têm que ser enfrentadas, não pode fugir disso aí. Tem que buscar uma forma de atuação coordenada entre os três entes da federação para que o Estado desempenhe o seu papel. É inadmissível que existam locais que as forças legais, ou os próprios trabalhadores de companhias de luz, de gás, da água, não possam entrar", declarou.

A comunidade da Muzema é uma área sob o domínio de milícias - grupos paramilitares formados por PMs, militares, agentes penitenciários, civis, que exploram ilegalmente vários negócios. Um dos mais conhecidos seria o da construção irregular. A prefeitura confirmou que os prédios que desabaram são irregulares e estavam interditados desde novembro de 2018.

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores na Câmara dos Deputados, o ministro afirmou que, durante a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, os militares mapearam a atuação das milícias. "Foi mapeado e entregue às forças de segurança do Rio de Janeiro", disse.

Até as 13 horas desta sexta, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), não havia se pronunciado sobre a tragédia no Rio.

Publicidade

Veja também:

Campeão mundial de acrobacias em pizza dá aula a Massa
Video Player
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se