O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, gravou nesta quinta-feira, 11, um vídeo criticando a Enel em desligar energia na região da rua Eça de Queiroz, na Vila Mariana, para que a equipe da prefeitura retirasse a árvore que caiu durante o vendaval que assolou a cidade na quarta, 10.
A Enel afirmou ter mobilizado mais de 1,5 mil equipes para atender os clientes após o vendaval. A velocidade dos ventos - que chegou a 98 km por hora na Lapa, na zona oeste -, nunca tinha sido aferida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desde o início das medições, em 1963.
A reportagem procurou a Enel para comentar sobre a crítica do prefeita. Assim que ela responder, este texto será atualizado.
"Esta árvore caiu ontem, às 9h da manhã. Nossa equipe está aqui esperando para remover a árvore, mas a Enel não aparece para desligar a energia para removermos a árvore", afirmou o prefeito.
O vendaval
O vendaval se formou sob influência de um ciclone extratropical formado no Sul do país nesta semana. De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos próximos dias, o fenômeno irá se deslocar em direção ao Oceano Atlântico, permitindo a chegada de ventos menos intensos, predomínio de sol e elevação das temperaturas em São Paulo.
O ciclone extratropical se forma a partir do encontro entre uma massa de ar quente e uma massa de ar frio em latitudes mais elevadas - um processo contínuo que, normalmente, ajuda a regular a temperatura do planeta. Por isso, os ciclones são muito frequentes. Porém, na maior parte das vezes, eles ocorrem sobre o mar e não são muito fortes e, por isso, passam despercebidos.