Polícia de SP faz perícia para descobrir causas do desabamento de mezanino do restaurante Jamile

Queda de estrutura do restaurante na região central de São Paulo, que tem Henrique Fogaça como chef, deixou uma pessoa morta e outras cinco feridas

9 out 2025 - 19h16

A Polícia Civil de São Paulo realiza a perícia no restaurante Jamile, cujo mezanino desabou na tarde da última quarta-feira, 8, provocando a morte de uma pessoa e deixando outras cinco feridas. O estabelecimento fica localizado na altura do número 647 da Rua 13 de Maio, no bairro Bela Vista, região central da capital.

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Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), peritos estiveram no local nesta quinta-feira, 9, e "realizaram os exames necessários" para apurar as circunstâncias do acidente. Questionada sobre quais seriam esses exames e qual a principal linha de investigação, a pasta não forneceu mais detalhes.

Após a queda da estrutura, dados preliminares apontaram que o acidente havia sido provocado por uma explosão decorrente de um vazamento de gás, mas a informação foi corrigida posteriormente pela Polícia Militar, que declarou que o mezanino desabou. O restaurante não estava aberto ao público no momento e era ocupado apenas por funcionários.

A secretaria acrescentou que novas perícias podem ser feitas a pedido da autoridade policial. O caso foi registrado como desabamento, e as investigações são conduzidas pelo 5º Distrito Policial (Aclimação).

Nesta quinta, a Defesa Civil informou que uma equipe técnica foi ao local para realizar uma vistoria e que apenas o restaurante Jamile foi interditado, preservando o funcionamento de outros prédios e estabelecimentos do entorno. "Agora, o caso segue sob investigação da Polícia Civil e da perícia criminal a ser realizada pela Polícia Técnico-Científica."

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Em comunicado publicado nas redes sociais, o restaurante lamentou o acidente e disse estar prestando o suporte necessário aos familiares das vítimas.

Em nota, a assessoria do chef Henrique Fogaça, que assina o menu do restaurante, negou que ele seja dono do local. Segundo o texto, "a atuação dele no Jamile se restringe à criação e assinatura do cardápio da casa, sem envolvimento na gestão administrativa ou operacional do estabelecimento."

No comunicado, o chef disse ter prestado solidariedade às vítimas e aos familiares e reafirmou que a principal preocupação "é o bem-estar de todos os envolvidos e o acompanhamento da assistência necessária".

Vítimas

O desabamento provocou a morte de Suênia Tomé, de 57 anos, funcionária do restaurante. Outras cinco pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento médico. Segundo a Prefeitura de São Paulo, quatro vítimas já receberam alta.

Uma quinta pessoa foi levada ao Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A unidade foi procurada, mas informou que não pode fornecer detalhes sobre o estado de saúde dos pacientes.

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Outras duas pessoas também foram atendidas em estado de choque após a queda da estrutura.

Suênia Tomé teve uma parada cardiorrespiratória após ficar embaixo dos escombros. Houve tentativa de reanimá-la, mas a funcionária não resistiu. Ela foi retirada do local do acidente por volta das 18h15. Nascida na cidade de Monteiro, na Paraíba, seu corpo será velado e sepultado em seu município de origem.

Conforme nota da prefeitura local, que lamentou a morte de Suênia, ela era conhecida como Mena pelas pessoas da cidade.

"Suênia, com seu talento e sua força de vontade, estava em São Paulo lutando pelo bem-estar de sua família e alcançou voos profissionais notáveis, chegando a fazer parte da equipe de um dos mais conceituados restaurantes paulistas", disse a nota. "Que Deus possa dar conforto a todos neste momento de tamanha dor. Recebam toda a nossa solidariedade."

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