Uma mulher perdeu o agendamento que tinha para um exame admissional na cidade de Belo Horizonte (MG) nesta quarta-feira, depois que passou por uma sequência de erros e atrasos envolvendo uma viagem de ônibus que ia de São Paulo até a capital mineira.
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Lucilene Ernesto Alencar era uma das passageiras do ônibus rodoviário da Expresso Adamantina que deveria ter deixado a Rodoviária do Tietê, em São Paulo, às 19h desta quarta-feira, 25, mas teve que esperar por falta de um veículo conforme o contratado.
Ela e mais outros passageiros entraram no ônibus das 21h, que seguiu pelo caminho comum até chegar à Rodovia Fernão Dias. De acordo com relatos, a viagem prosseguiu normalmente até as 23h, quando o veículo precisou parar por conta do trânsito criado por um acidente ocorrido na tarde do mesmo dia e que ainda impossibilitava a circulação de carros na região
Após cerca de cinco horas parados, eles puderam voltar a sair do lugar e, pouco a pouco, se aproximar do destino final. Entretanto, o ônibus que os passageiros seguiam apresentou um problema mecânico por volta das 10h da manhã já desta quinta-feira.
O motorista precisou parar o veículo na cidade de Itaguara-MG, a duas horas de Belo Horizonte, para esperar pelo atendimento de socorro da empresa e um mecânico.
Segundo fontes, os passageiros esperaram mais de quatro horas em um posto à beira da rodovia pelo atendimento que não chegava.
"Eu tinha comprado para chegar lá com folga. Ia chegar às 4h da manhã e cumprir meu agendamento. Agora lá já fechou e eu nem tenho como chegar hoje. Vou precisar remarcar o exame e a posse", disse Lucilene.
Ela passou em um concurso para atuar como enfermeira na capital mineira e estava indo para a cidade fazer os exames admissionais e tomar posse no cargo conquistado.
Além dela, a publicitária Caroline Moreira também teve os planos frustrados. Ela viajava a cidade para ir ao funeral de sua tia.
"Agora eu perdi tudo que vim fazer aqui. Não pude ir ao velório e também perdi todo meu dia de trabalho", desabafou.
Às 14h desta quinta-feira, o motorista buscou alimento para os mais de 40 passageiros. Um trajeto normalmente feito em 6 ou 7 horas já se estende por mais de 16.
De acordo com testemunhas, algumas pessoas optaram por pedir táxis para deixar o local e chegar a Belo Horizonte.
O Terra tentou contato com a Arteris, concessionária responsável pela rodovia Fernão Dias, e com a Expresso Adamantina, empresa que gere a linha rodoviária em questão. Ambas não responderam.