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MP denuncia 6 pelo desabamento de prédio no centro do Rio

24 jan 2013 - 20h17
(atualizado às 20h22)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou, nesta quinta-feira, seis pessoas pelo desabamento do Edifício Liberdade - que causou o desabamento de outros dois prédios vizinhos - na avenida 13 de Maio, na Cinelândia, centro da cidade, causando a morte de 17 pessoas e deixando outras cinco desaparecidas.

<span style="color: rgb(93, 88, 80); font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Edifício Liberdade desabou no dia 25 de janeiro de 2012, no centro do Rio de Janeiro</span>
Edifício Liberdade desabou no dia 25 de janeiro de 2012, no centro do Rio de Janeiro
Foto: AFP

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A denúncia ocorre um dia antes de o desabamento completar um ano, o que ocorre nesta sexta-feira. Até agora, ninguém foi indenizado e a investigação ainda não foi concluída.

Foram denunciados pelo Ministério Público do Estado Sérgio Alves de Oliveira, sócio e administrador da empresa TO Tecnologia Organizacional, que estava realizando obras em dois dos andares do prédio; Cristiane do Carmo Azevedo, que também era ligada à TO e era responsável pela fiscalização da reforma; além dos pedreiros e mestres de obra que trabalhavam no local: Gilberto Figueiredo de Castilho Neto, André Moraes da Silva, Wanderley Muniz da Silva e Alexandro da Silva Fonseca.

Segundo nota do Ministério Público, a denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça, da 1ª Central de Inquéritos Policiais, que excluiu da denúncia Paulo de Souza Renha, síndico do prédio à época do desabamento. Renha sofria de hipertensão, teve uma parada cardíaca a cerca de um mês e morreu na manhã de hoje.

O desabamento aconteceu na noite do dia 25 de janeiro do ano passado, no perímetro formado pelas avenidas Evaristo da Veiga e Almirante Barroso, com a Rua Treze de Maio. Embora até hoje não tenham sido localizados os corpos das cinco pessoas desaparecidas: Ana Cristina Faria da Silveira, Sabrina Travassos Serpa Prado, Marcello Rabelo Magalhães de Lima Priscila Montezano e Jokania Bastone Mauro, o Ministério Público admite que "todos os elementos indicam a morte destas pessoas, visto que não se logrou encontrar seus corpos nos escombros".

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No entendimento do MP, "a retirada de diversas paredes do nono andar do edifício, formando um amontoado de entulho, contribuiu para um colapso estrutural, causando o desabamento do prédio e, por consequência, dos outros dois edifícios ali situados".

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro de 2012. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 22 pessoas morreram.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. Na época, o especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio.

Na época da tragédia, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

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Agência Brasil
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