Mãe de Henry coloca tornozeleira um dia após deixar prisão

Ministério Público estadual informa que vai recorrer da decisão que colocou Monique Medeiros em liberdade

6 abr 2022 - 08h58
(atualizado às 15h29)
Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, deixa a Coordenação de Monitoramento Eletrônico do Rio de Janeiro após instalação da sua tornozeleira eletrônica
Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, deixa a Coordenação de Monitoramento Eletrônico do Rio de Janeiro após instalação da sua tornozeleira eletrônica
Foto: JOSE LUCENA/THENEWS2 / Estadão

A professora Monique Medeiros da Costa e Silva colocou a tornozeleira eletrônia na manhã desta quarta-feira, 6, um dia após deixar o Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro.

A liberdade condicional da mãe do menino Henry Borel, morto em 8 de março do ano passado, foi autorizada pela juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri da capital. 

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Monique estava presa desde o dia 8 de abril de 2021, denunciada pela morte do filho junto com o padrasto da criança, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. A juíza rejeitou o pedido da defesa do ex-parlamentar e manteve a prisão preventiva do réu.

Monique Medeiros deixou a prisão no Rio na noite de terça-feira
Foto: TV Globo

Na decisão, a magistrada recordou os episódios de ameaça e agressão sofridos por Monique dentro do presídio, originados a partir do furor público com a gravidade do caso e ressaltou que, a princípio, a manutenção da prisão poderia evitar reações exageradas e violentas contra ela.

"Mesmo em ambiente carcerário, multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego da requerente, que, não obstante, não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas", disse.

Justiça concede liberdade a Monique Medeiros, mãe de Henry
Foto: Reprodução

A juíza Elizabeth Louro determinou que Monique seja monitorada por tornozeleira eletrônica e fique em local diferente dos usados antes, com o novo endereço permanecendo "em sigilo e acautelado em cartório".

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A mãe de Henry não poderá voltar para a antiga residência, na Barra da Tijuca, onde o crime ocorreu. Só poderá ter contato com parentes e advogados, e  também está proibída de fazer postagens em redes sociais.

O Ministério Público estadual informou que vai recorrer da decisão. 

* Com informações da Agência Brasil

Fonte: Redação Terra
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