Governadora diz que pediu apoio das Forças Armadas em 2017

Suely Campos classificou o decreto como insuficiente para amenizar a crise

28 ago 2018 - 21h18
(atualizado às 22h02)

A governadora Suely Campos (PP), após saber da assinatura do decreto de envio de Forças Armadas para Roraima pelo presidente Michel Temer, disse que, desde agosto de 2017, já havia feito a solicitação por meio de um ofício, para decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na faixa de fronteira do município de Pacaraima com a Venezuela.

No ofício, o governo de Roraima explicava que imigrantes venezuelanos vinham usando cabriteiras (trilhas na mata) para o tráfico de armas e drogas em Pacaraima e na fronteira com a Venezuela e, por isso, era necessária a expedição do decreto de GLO e o emprego das Forças Armadas na fronteira.

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No entanto, a governadora classificou o decreto como insuficiente para amenizar a crise.

Suely Campos (dir.) reclama de uma suposta omissão do governo federal na crise com os imigrantes venezuelanos
Suely Campos (dir.) reclama de uma suposta omissão do governo federal na crise com os imigrantes venezuelanos
Foto: Alan Santos / PR / BBC News Brasil

"A decisão reforça a necessária segurança da fronteira, que é responsabilidade da União, mas é insuficiente para amenizar os impactos que o intenso fluxo migratório tem provocado em Roraima, nas áreas de segurança, saúde e educação."

A governadora afirmou ainda que, em conversas telefônicas com o ministro da Defesa, general Silva e Luna, reafirmou os pedidos feitos ao presidente Temer de ressarcimento de R$ 184 milhões e instalação de um hospital de campanha em Boa Vista para reduzir a demanda nas unidades de saúde do Estado.

A governadora afirmou que também voltou a pedir reforço da Força Nacional de Segurança para atuar junto com as forças estaduais de segurança em Pacaraima e em Boa Vista e a autorização imediata do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a reforma da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, cujo projeto arquitetônico já foi apresentado e os recursos estão em conta.

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O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, também reiterou o pedido de envio de forças federais, mas disse que eles precisam da atuação dentro da área do município para garantir a lei e a ordem e não nas estradas e fronteiras. "Precisamos é de policiamento do Exército nas ruas. O que solicitamos não foi atendido" disse.

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