Como a PM vai agir em Paraisópolis após mortes e confrontos?

Aumento do número de agentes na favela é uma das medidas diante da possibilidade de mais tensão na comunidade

11 jul 2025 - 18h23

A Polícia Militar vai aumentar o número de agentes na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, nos próximos dias após duas mortes registradas na quinta-feira, 10. Uma delas, a de um homem de 24 anos rendido pelos policiais, motivou uma onda de protestos e confrontos com moradores da comunidade.

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A PM diz que os atos foram coordenados por criminosos, mas reconheceu que esse jovem já havia se rendido quando foi morto por dois agentes de segurança, que foram presos acusados de "ação ilegal". A corporação não descarta a possibilidade de novos conflitos.

"O policiamento continua fazendo seu trabalho de rotina, mas reforçado por outros batalhões. Teremos uma estrutura significativamente maior do que nos dias normais", afirmou o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 11.

A corporação não detalha o número de homens envolvidos por "questões estratégicas", mas afirma que contará com apoio com unidades especializadas, como a Tropa de Choque.

Na quinta-feira, cerca de 300 homens estiveram envolvidos na operação. "Não descartamos a possibilidade de novos confrontos, justifica Massera.

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A favela já amanheceu com policiamento reforçado nesta sexta-feira, 11, principalmente nas avenidas Giovanni Gronchi e Hebe Camargo, no Morumbi.

O reforço na segurança é uma tentativa de evitar novos conflitos entre policiais e criminosos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os conflitos começaram à tarde, quando os policiais foram acionados para uma denúncia de homens armados em um ponto de venda de drogas.

Ao chegarem ao local, três suspeitos fugiram em direção a uma casa. Dois policiais militares foram presos em flagrante como suspeitos de atirar no morador Igor Oliveira, de 24 anos, quando ele já estava rendido, com as mãos na cabeça. O jovem não tinha antecedentes como adulto, mas registro de ato infracional por roubo e tráfico.

Após a morte de Oliveira, houve protestos generalizados na região. A PM afirma que os protestos foram feitos por criminosos, mas reconhece que surgiram após a morte.

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Barricadas com objetos queimados fecharam ruas de acesso à comunidade e o trânsito foi interrompido em parte das avenidas Avenida Giovanni Gronchi e Hebe Camargo, no Morumbi.

Horas depois, outra ação terminou em troca de tiros, um suspeito foi morto e um PM da Rota, ferido.

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