Uma pessoa morreu e oito foram intoxicadas por metanol após consumirem bebida alcoólica adulterada em SP; autoridades investigam e alertam para a gravidade dos casos não notificados.
Uma pessoa morreu e outras 8 foram internadas por intoxicação por metanol após consumirem bebida alcoólica nas cidades de São Paulo, Limeira (SP) e Bragança Paulista (SP). Os casos, que ocorreram entre o dia 1º e 25 deste mês, foram registrados no Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), de Campinas (SP), e encaminhados ao governo federal.
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O Ministério da Saúde, a Anvisa, a Vigilância Sanitária e órgãos de defesa do consumidor foram notificados sobre os casos. A principal suspeita é de que a contaminação tenha sido em diferentes produtos, como gin, whisky, vodka.
Em nota, o governo federal destacou que o número de intoxicações pela substância pode ser maior do que o já contabilizado. “É possível haver outros casos não notificados, uma vez que nem todos chegam aos órgãos de vigilância e controle”, informou.
A adulteração de bebidas aumenta a gravidade da situação, já que, do ponto de vista de saúde pública, pode causar surtos epidêmicos com casos severos e alta taxa de letalidade.
Também chamado de álcool metílico, o metanol é um biocombustível altamente inflamável, que pode ser obtido por meio da destilação destrutiva de madeiras, processamento da cana-de-açúcar, ou de gases de origem fóssil.
Suas propriedades químicas são semelhantes ao etanol, mas com um nível mais elevado de toxidade. Usado em indústrias químicas como solvente, essa substância também é usada para a fabricação de plásticos e para a produção de biodiesel e combustível.