Após a operação policial mais letal da história do Rio, que causou caos na cidade e deixou 64 mortos, o município amanheceu com vias e serviços funcionando normalmente, anunciou o prefeito Eduardo Paes.
O Rio de Janeiro amanheceu com todas suas vias desobstruídas e as operações de transportes funcionando normalmente, nesta quarta-feira, 29, um dia após a operação policial mais letal da história, que provocou caos em praticamente toda a capital fluminense. Nas primeiras horas da manhã, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou que a cidade retornou ao Estágio 1.
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"Modais operando normalmente, cidade fluindo com normalidade. Permanecemos atentos. Informem-se por canais oficiais!", escreveu Paes, em sua conta no X. O prefeito acrescentou que todos os serviços públicos também voltarão a funcionar normalmente.
Segundo o Centro de Operações e Resiliência do Rio (COR), o Estágio 1 é a primeira classificação em uma escala de cinco e indica que não há ocorrências de grande impacto. Na tarde de terça, 28, a cidade entrou no Estágio 2, por risco de ocorrência de alto impacto.
Neste estágio, a recomendação é que a população evite circular nas regiões impactadas; permaneça em local seguro; e mantenha-se informado através dos meios de comunicação e canais oficiais do COR.
Vias no entorno dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, na Zona Norte, Freguesia (Jacarepaguá) e Taquara, na Zona Sudoeste, passaram por interdições temporárias em função da megaoperação policial.
As restrições impactaram diretamente a rotina dos moradores da capital fluminense. Foi o caso de Larissa de Souza Nascimento, que conversou com o Terra no final da tarde de terça. Moradora da Estrada do Gabinal, na Cidade de Deus, na Zona sudoeste da capital carioca, a cabelereira de 34 anos não conseguiu retornar para casa diante do cenário de violência instaurado no município.
Operação mais letal da história
O Governo do Estado do Rio de Janeiro deflagrou nesta terça-feira, 28, a maior operação das forças de segurança dos últimos 15 anos, batizada de Operação Contenção. A atualização mais recente foi feita às 17h de terça e confirmava 64 mortes. Entre as vítimas, estão quatro policiais.
Segundo o balanço parcial do governo, 81 suspeitos foram presos, 72 fuzis apreendidos e há grande quantidade de drogas ainda em contabilização.