O professor Keenan Anderson, 31 anos, morreu em 3 de janeiro após ser eletrocutado por policiais durante uma abordagem da Polícia de Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos. Patrisse Cullors, prima de Keenan e fundadora do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português), confirmou a informação no último dia 8.
“Este é o meu primo Keenan Anderson. Ele foi morto pela polícia de Los Angeles em Venice em 3 de janeiro de 2023. Meu primo era educador e trabalhou com crianças em idade escolar. Ele era um professor de inglês. A polícia de Los Angeles matou três pessoas neste ano. Um deles é um membro da minha família.Keenan merece estar vivo neste momento, o seu filho merece ser criado pelo seu pai. Keenan, vamos lutar por ti e por todos os nossos entes queridos afetados pela violência do estado. Eu te amo” escreveu Cullors em seu perfil no Instagram.
Depois da publicação de Patrisse, o Departamento de Polícia local divulgou um vídeo com imagens captadas pelas câmeras corporais dos policiais responsáveis pela abordagem.
No registro, Keenan corre dos oficiais após envolver-se em um acidente de carro. Em seguida, o agente dá uma ordem para que ele pare. O professor não obedece e os policiais o derrubam no chão. Na sequência, a vítima é mobilizada através de disparos de arma de choque.
Pelas redes sociais, a corporação emitiu um comunicado sobre o ocorrido.“Os policiais lutaram com [Keenan] Anderson por vários minutos, utilizando uma taser [arma de eletrochoque], peso corporal, pegadas firmes e chaves nas articulações para vencer sua resistência."
Durante a abordagem, ele gritava por ajuda e dizia que estavam tentando matá-lo como fizeram com George Floyd - morto em 25 de maio de 2020, sufocado durante uma abordagem policial, também nos Estados Unidos.
Keenan foi levado até um hospital na cidade de Santa Mônica,Califórnia, mas não resistiu e morreu após uma parada cardíaca. Agora, detetives da Divisão de Investigação do Departamento da Polícia de Los Angeles apuram o caso.