Na abertura das Olimpíadas de Paris, a ex-atleta Daiane dos Santos descreveu a Libras (Língua Brasileira de Sinais) como uma língua universal. O comentário surgiu após ela observar um intérprete da Língua Francesa de Sinais (LSF).
A Libras, apesar de ser importante, não é universal. Ela foi desenvolvida no Brasil para atender as necessidades da comunidade brasileira. Assim, cada país possui a sua própria língua de sinais.
Um dia depois do comentário, Daiane dos Santos recorreu ao Instagram para se desculpar. “Quero pedir desculpas a toda a comunidade surda do Brasil e com problemas auditivos. A gente teve um momento que foi lindo durante a cerimônia, e que eu achei que merecia ser citado. Durante a citação acabei falando uma informação errada.”
“Estava tendo uma música, teve uma interpretação por meio de linguagem de sinais. Cada país tem a sua linguagem de sinais, e nesse momento acabei falando uma coisa errada, que Libras, a língua de sinais do Brasil, é universal. Na verdade, não é. Cada país tem a sua língua, aqui a interpretação foi feita pela língua francesa porque estamos na França”, concluiu.
A língua de sinais
Assim como as línguas faladas têm suas próprias regras gramaticais e características únicas, a Libras também é uma língua com sua própria estrutura e significado. Além disso, assim como as línguas faladas apresentam diferenças dependendo do país, as línguas de sinais também manifestam mudanças que refletem a diversidade cultural e local dos usuários.
Embora o português também seja falado em Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde, cada país tem suas próprias peculiaridades na forma falada e na língua de sinais.