O Grupo Stellantis irá lançar 10 modelos no Brasil em 2024 e investir R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana (PE). Quatro produtos já estão no mercado e outros seis serão anunciados nos próximos meses. Entre eles está um híbrido nacional.
As ações são parte do investimento de R$ 32 bilhões que a empresa irá destinar à América do Sul até 2030, dos quais R$ 30 bilhões serão para o Brasil e R$ 2 bilhões para a Argentina.
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Quem está confirmado é o novo Peugeot 2008, que deixará Porto Real (RJ) e passará a ser produzido na planta da Stellantis em El Palomar, tornando-se, desta maneira, o primeiro SUV fabricado pela Stellantis na Argentina. Com investimento de R$ 270 milhões, o novo 2008 irá consolidar a plataforma CMP na unidade.
Os quatro modelos já confirmados são os lançados Fiat Titano, Jeep Compass e Commander 2025. Além deles, o Citroën Basalt está com data de apresentação próxima.
As informações foram confirmadas pelo presidente da Stellantis América do Sul, Emanuele Cappellano, ao anunciar os novos pilares estratégicos do grupo. Chamada de Next Level, a ação está dividida em seis etapas:
- Aceleração do Negócio (expansão de produtos e serviços, amplicação da liderança do mercado e protagonismo na inovação)
- Experiência do Cliente (excelência em qualidade de produtos e serviços e novas tecnologias para segurança)
- Excelência Operacional (aumento das sinergias e eficiência operacional)
- Descarbonização (tecnologia Biohybrid)
- Finanças (garantia da sustentabilidade do negócio)
- Pessoas (atração de talentos).
Do montante anunciado, R$ 13 bilhões irão para o Polo de Goiana (PE), de onde sairá o primeiro modelo com tecnologia Bio-Hybid da marca.
Este investimento resultará também na ampliação do parque local de fornecedores nos próximos anos. A cadeia de valor deverá contar com mais de 100 fornecedores instalados em Pernambuco, desenvolvendo e produzindo componentes e soluções para a propulsão híbrida e elétrica.
Na questão da descarbonização, ao invés da eletrificação total da frota, o Grupo Stellantis planeja a mescla entre tal iniciativa e a introdução da tecnologia Bio-Hybrid, que combina energia térmica flex e eletrificação, além do incentivo ao uso do etanol.
O Grupo Stellantis quer implantar a tecnologia em quatro vertentes: Bio-Hybrid, Bio-Hybrid e-DCT, Bio-Hybrid Pulg-IN e BEV (100% Elétrica).
"Um carro elétrico custa, em média, US$ 10 mil a mais que um modelo a combustão. No Brasil isso representa R$ 55 mil. Quem vai segurar uma tecnologia com essa diferença de preços? Por isso, temos uma alternativa de descarbonização que cabe no bolso das famílias brasileiras", disse Cappellano.
A plataforma Bio-Hybrid traz um novo dispositivo elétrico multifuncional, que substitui o alternador e o motor de partida.
Trata-se de equipamento capaz de fornecer energia mecânica e elétrica, que gera torque adicional para o motor térmico do veículo e energia elétrica para carregar a bateria adicional de Lítio-Íon de 12 Volts, que opera paralelamente ao sistema elétrico convencional do veículo. O sistema gera potência de até 3KW.
A Bio-Hybrid e-DCT tem um motor elétrico e uma bateria pequena, funcionando como um híbrido convencional. O sistema Bio-Hybrid Plug-In recebe uma bateria bem maior que permite rodar sem o uso de combustível, como já acontece com o Jeep Compass 4xe.
As tecnologias Bio-Hybrid incluem três modelos híbridos de três tipos (leve, convencional e plug-in), e um modelo 100% elétrico. Uma das plataformas é 100% elétrica e será produzida no Brasil. Os primeiros híbridos com tecnologia Bio-Hybrid serão lançados ainda este ano.
Investimento
Os R$ 32 bilhões previstos para a América do Sul até 2023 incluem as plataformar Bio-Hybrid, novas tecnologias, 40 novos modelos e oito powetrains.
A Stellantis investirá também nas contratações de mais 4 mil engeheiros e na energia solar em suas unidades. Cerca de R$ 500 milhões visam a autonomia energética das plantas de Córdoba e El Palomar.
Além disso, a marca conta com os nomes da DPaschoal no Brasil e Norauto na Argentina para aumentar a nacionalização da distribuição de peças.