Retrospectiva do elenco do Vitória, que viveu altos e baixos em 2025

Rubro-Negro sobreviveu na elite após ano turbulento, marcado por troca constante de treinadores, rendimento irregular e poucos pontos de estabilidade

31 dez 2025 - 10h15
(atualizado às 10h15)
Foto: Esporte News Mundo

O Vitória encerra a temporada 2025 respirando aliviado. A permanência na Série A do Campeonato Brasileiro foi alcançada, mas o caminho até o objetivo esteve longe de ser tranquilo. Em um ano de mais sobressaltos do que celebrações, o Rubro-Negro viveu uma verdadeira montanha-russa dentro e fora de campo, com mudanças frequentes no comando técnico e atuações instáveis ao longo da competição.

A instabilidade refletiu diretamente no desempenho coletivo. Sem conseguir estabelecer uma identidade clara, o clube alternou bons momentos com longos períodos de queda de rendimento. Ainda assim, em meio ao cenário turbulento, alguns jogadores conseguiram se destacar e assumir protagonismo na reta final, sendo decisivos para evitar um desfecho mais dramático na elite do futebol nacional.

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Ao todo, quatro treinadores passaram pelo comando do Vitória em 2025: Thiago Carpini, Fábio Carille, Rodrigo Chagas e Jair Ventura. A constante troca de ideias, esquemas e prioridades impediu a formação de um time base ao longo do campeonato. Cada novo trabalho representou uma tentativa de recomeço, o que dificultou ajustes e comprometeu a regularidade da equipe.

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Apesar do histórico instável, Jair Ventura foi quem conseguiu dar maior continuidade ao trabalho. Em seus 14 jogos à frente da equipe, o treinador manteve o esquema com três zagueiros, utilizando o 5-2-3 como base e promovendo apenas ajustes pontuais. Com isso, tornou-se possível identificar uma formação considerada ideal no encerramento da temporada.

O Vitória terminou 2025 com Lucas Arcanjo no gol; Raúl Cáceres, Edu, Camutanga, Lucas Halter e Ramon na linha defensiva; Gabriel Baralhas e Willian Oliveira no meio-campo; além de Erick, Aitor Cantalapiedra e Renato Kayzer no setor ofensivo. Vale destacar que Thiago Couto ganhou espaço durante a ausência de Arcanjo, lesionado, e correspondeu à altura, mas o goleiro revelado na base segue como referência da posição.

DESTAQUES EM MEIO AO CAOS

Mesmo em um ambiente de pressão constante, alguns nomes se sobressaíram. Lucas Halter rapidamente assumiu a titularidade e a braçadeira de capitão, tornando-se uma das peças mais regulares do elenco. Além da segurança defensiva, surpreendeu ao marcar cinco gols, mantendo presença constante no time principal.

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Outro nome em ascensão foi Erick. O atacante viveu altos e baixos, mas terminou a Série A como titular absoluto. Líder de assistências da equipe, com cinco passes decisivos, também mostrou versatilidade ao atuar improvisado como ala pelo lado direito quando necessário.

Gabriel Baralhas foi essencial desde sua chegada a Salvador. Forte na marcação e participativo no ataque, entrou para a história do clube ao marcar o gol que garantiu a permanência na Série A. Já Renato Kayzer, apesar de ter perdido espaço em alguns momentos, encerrou o ano como artilheiro rubro-negro, com nove gols, todos no Brasileirão, muitos deles decisivos.

Thiago Couto também merece menção. Contratado para ser reserva, assumiu a titularidade em um momento delicado e teve atuações decisivas na reta final, contribuindo diretamente para o objetivo alcançado.

DECEPÇÕES E OPORTUNIDADES PERDIDAS

Por outro lado, nem todos corresponderam às expectativas. Matheuzinho herdou a camisa 10, mas sofreu com lesões e perdeu protagonismo ao longo do ano. Lucas Braga, investimento alto do clube, teve desempenho abaixo, com apenas dois gols em 35 partidas, e não permanecerá em 2026.

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Ricardo Ryller perdeu espaço gradualmente, enquanto Carlinhos, emprestado pelo Flamengo, não conseguiu se firmar após um início promissor. Pepê, por sua vez, teve poucas oportunidades e encerra a temporada sem impacto estatístico.

O saldo final de 2025 deixa lições claras para o Vitória. A permanência veio, mas os erros estruturais e esportivos reforçam a necessidade de planejamento mais sólido para que o clube possa, no futuro, transformar alívio em ambição.

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