A dois dias do encerramento de seu contrato com o Vitória, Gustavo Vieira ainda não tem a permanência assegurada na Toca do Leão para 2026. Apesar da indefinição, o diretor de futebol segue como uma peça ativa no planejamento da próxima temporada, participando diretamente das decisões estratégicas que envolvem montagem de elenco, mercado de transferências e renovações contratuais. O tema foi abordado em entrevista exclusiva concedida ao ge, na qual o dirigente deixou claro que, neste momento, os interesses do clube estão acima das questões pessoais.
Mesmo com a proximidade do fim do vínculo, Gustavo garante que sua rotina segue intensa e focada no futuro rubro-negro. Segundo ele, alguns assuntos acabam sendo postergados, mas o planejamento para 2026 segue em ritmo acelerado. O dirigente reforça que sua situação profissional será resolvida em breve, sem interferir no trabalho que vem sendo desenvolvido internamente.
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Enquanto aguarda a definição sobre sua continuidade, Gustavo Vieira lidera as movimentações do Vitória no mercado da bola. O diretor destacou que o clube busca agilidade nas contratações, especialmente pelo fato de o Campeonato Brasileiro de 2026 ter início previsto para o dia 28 de janeiro, um cenário inédito no futebol nacional. Para isso, manter uma base sólida do elenco atual passou a ser prioridade.
No desenho do novo time, o perfil dos reforços ganhou contornos mais claros. Após uma tentativa de priorizar um futebol mais técnico no primeiro semestre, o Vitória agora busca atletas com maior identificação com o clube e com a torcida. Para Gustavo, vestir a camisa rubro-negra exige empatia, entrega e capacidade de vibrar junto com o Barradão. A ideia é formar um grupo competitivo, intenso e conectado emocionalmente com o ambiente do clube.
Além disso, o dirigente ressaltou a importância de preservar jogadores que se destacaram em 2025. Quando não for possível manter determinadas peças, a reposição será feita sem perda de qualidade. O foco, segundo ele, é garantir uma boa pré-temporada e um time preparado para encarar um calendário exigente desde o início do ano.
MERCADO NACIONAL GANHA PRIORIDADE
Depois de apostar fortemente no mercado internacional na última janela, o Vitória mudou o foco e passou a priorizar jogadores brasileiros. A avaliação interna é de que atletas acostumados à rotina de viagens longas e jogos frequentes podem oferecer respostas mais rápidas em uma temporada desgastante como a de 2026.
Até o momento, o único reforço anunciado oficialmente é o volante Caíque Gonçalves. No entanto, o clube está próximo de confirmar a contratação do lateral-direito Mateusinho, que pertence ao Cuiabá. Em contrapartida, deixaram o elenco Lucas Halter, Raúl Cáceres, Willian Oliveira, Ricardo Ryller e Carlinhos.
A montagem do elenco também passa pela manutenção de peças importantes. Baralhas, Erick e Jamerson já têm permanência assegurada, enquanto Ramon e Thiago Couto seguem em negociação. Gustavo explicou que o Vitória demonstrou interesse claro na continuidade da dupla, mas aguarda respostas dos clubes envolvidos para avançar nas tratativas.
AVALIAÇÃO DE 2025 E DECISÕES NO COMANDO TÉCNICO
Ao fazer um balanço de 2025, Gustavo Vieira destacou as dificuldades enfrentadas no mercado de meio de ano, sobretudo pela limitação financeira e pelas restrições do regulamento. Ainda assim, celebrou o fato de o clube ter conseguido reforços a custo zero e manter-se na Série A do Campeonato Brasileiro, objetivo principal de sua gestão.
Desde que assumiu o departamento de futebol, o diretor também precisou lidar com mudanças no comando técnico. Ao longo da temporada, o Vitória teve quatro treinadores: Thiago Carpini, Fábio Carille, Rodrigo Chagas e Jair Ventura. Gustavo explicou que as trocas ocorreram por necessidade, sempre baseadas em avaliações internas e no desempenho da equipe, e destacou a chegada de Jair Ventura como um movimento já planejado anteriormente.
Com o futuro ainda em aberto, Gustavo Vieira garante que sua passagem pelo Vitória ficará marcada em sua trajetória profissional. Independentemente do desfecho, ele afirma sair com a sensação de dever cumprido, principalmente pela permanência do clube na elite do futebol brasileiro e pela convivência com uma torcida que considera diferenciada.
