- Raphael Zarko
- Vitor Machado
Neste domingo, Dia do Trabalho, Felipe e Ronaldinho buscam a glória para saírem do Engenhão nos braços do povo. Sessenta anos depois do histórico discurso de 1º de maio do então presidente Getúlio Vargas em São Januário, Vasco e Flamengo se enfrentam, às 16h, pela decisão da Taça Rio. O clube rubro-negro, se vencer, será o campeão estadual antecipado, e o camisa 10 da Gávea, que confirmou ontem presença no jogo, entrará para a história, mais vivo do que nunca para o futebol. Já uma vitória cruzmaltina dá ao time de Ricardo Gomes o direito de disputar contra o Flamengo a final do Campeonato Carioca.
Apesar de a última Taça Rio decidida entre os dois ter acabado na sala de troféus de São Januário, em 1999, o Vasco não vence decisão de campeonato em cima do Flamengo desde 1988. Caso vença neste domingo, os rubro-negros ainda vão se igualar aos vascaínos com o quinto Estadual invicto conquistado.
Desde o gol de Cocada, o Flamengo foi campeão em cima do Vasco em 1996, 1999, 2000, 2001 e 2004, pelo Estadual, e em 2006, pela Copa do Brasil. O mais marcante foi o tricampeonato carioca, com o gol de falta de Petkovic. Neste domingo, a festa pode vir da mesmo forma, mas pelos pés de outro camisa 10. Ronaldinho teve ontem ótimo aproveitamento no fundamento.
"Treinei muito bem. Melhor do que o esperado. Espero que amanhã (domingo) tenha algumas faltas para que eu possa ajudar o time a chegar ao título", disse o astro da Gávea.
No Vasco, Felipe é o maestro, mas outro jogador, que também já passou pela Gávea, carrega a 10 e entra em campo sob grande expectativa: Diego Souza. O técnico Ricardo Gomes espera que a decisão o motive tanto quanto a sua estreia diante do Botafogo, quando teve a sua melhor atuação pelo clube.
"Aquela foi na base da euforia. Essa tem que ser pela preparação feita durante a semana", disse o treinador, que desconsidera a sina de vice-campeão do Vasco. "Ao longo da história não foi assim. Nada é eterno. Agora precisamos vencer o Flamengo duas ou três vezes. Só o título do turno não nos basta", afirmou.