Murray encerra sonho japonês e busca terceira final na Austrália
25 jan2012 - 04h59
(atualizado às 09h46)
O britânico Andy Murray pôs fim à surpreendente campanha do japonês Kei Nishikori no Aberto da Austrália, nesta quarta-feira, e avançou à semifinal do primeiro Grand Slam do ano. O número quatro do ranking mundial venceu por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/3 e 6/1, em duas horas e 12 minutos de jogo e eliminou o asiático, que havia passado pelo francês Jo-Wilfried Tsonga na rodada anterior.
É a terceira vez consecutiva que Murray chega à semifinal do Aberto da Austrália. Nos dois anos anteriores, ele conseguiu a vaga na final, mas acabou derrotado e continuou sem conquistar um Grand Slam na carreira. Em 2010, caiu na decisão diante do suíço Roger Federer. Um ano depois, seu algoz foi o sérvio Novak Djokovic, justamente seu próximo adversário em Melbourne.
Murray jogou de forma inteligente para derrotar Nishikori. Dono de um dos melhores preparos físicos do circuito e mais descansado do que seu adversário, que duelou por três horas e 30 minutos com Tsonga nas quartas de final, o britânico investiu em longas trocas de bolas para causar fadiga no asiático.
A tática deu certo na primeira parcial, e o britânico venceu por 6/3. No set seguinte, Nishikori mostrou ainda mais cansaço e, aos poucos, começou a oferecer menos resistência a Murray, que abriu 2 a 0. No set final, o japonês lutou, mas pouco pôde fazer contra o bem preparado britânico.
Apesar da derrota nesta quarta-feira, Nishikori tornou-se o primeiro tenista japonês a avançar às quartas de final do Aberto da Austrália na Era Aberta do tênis. A campanha histórica fez com que ele ganhasse apoio das arquibancadas de torcedores de seu país e dos australianos, empolgados com seu desempenho.
Na semifinal, Andy Murray enfrentará Novak Djokovic, líder do ranking mundial, que bateu o espanhol David Ferrer, quinto colocado da lista, por 6/4, 7/6 (7-4) e 6/1 em duas horas e 44 minutos de partida.
Murray já encarou Djokovic por dez vezes na carreira, levando a melhor em quatro oportunidades, incluindo a última: em agosto passado, tornou-se campeão do Masters 1000 de Cincinnati quando vencia por 6/4 e 3/0 e viu o rival desistir. O sérvio, porém, ganhou o confronto mais importante de todos, fazendo 6/4, 6/2 e 6/3 na final do último Aberto da Austrália.
Rafael Nadal e o árbitro brasileiro Carlos Bernardes protagonizaram uma longa discussão durante a partida entre o espanhol e o checo Tomas Berdych, pelas quartas de final do Aberto da Austrália. Nesta foto, Nadal levanta o dedo pedindo o auxílio do desafio eletrônico para saber se uma bola foi fora quando sacava em 5-5 no tie-break do primeiro set
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Nadal esbraveja quando Bernardes lhe informa que o atleta não parou o ponto imediatamente e que por isso a jogada não poderia ser revista pelo sistema eletrônico
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Apesar das reclamações, árbitro brasileiro não abriu mão da decisão
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Sem poder ver se a bola havia sido realmente dentro, Nadal viu Berdych sacar um ace na sequência para fechar o primeiro set do jogo
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Nadal aponta, reclamando de Bernardes
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Por outro ângulo, vê-se a frustração do espanhol após polêmica em um ponto decisivo do tie-break inicial
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Nadal encara Bernardes e faz sinal ofensivo com o dedo indicador da mão esquerda
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Imagem mostra Bernardes apontando e Nadal olhando para o lado, procurando o tio e treinador, Toni, que assistia à partida dos camarotes da Rod laver Arena
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Nadal chegou a chamar Bernardes de mero "espectador" da partida, protestando por que o brasileiro pouco se comprometeu a corrigir as chamadas erradas dos juízes de linha - que se acumularam durante o duelo
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Um dos árbitros mais respeitados do mundo, Bernardes apitou a última final de Wimbledon
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Final do Grand Slam londrino foi vencida pelo sérvio Novak Djokovic justamente sobre Nadal
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Nadal já havia se envolvido em uma polêmica com Bernardes no ATP Finals de Londres de 2010. Na ocasião, o espanhol enfrentava o mesmo Berdych e viu Bernardes dar um ponto ao checo em vez de repeti-lo após o desafio eletrônico acusar que a chamada do juiz de linha havia sido errada
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Partida polêmica valia vaga para enfrentar o suíço Roger Federer na semifinal do Grand Slam
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O número dois do mundo seguiu reclamando com Bernardes em outras ocasiões da partida; em quadra, conseguiu mostrar poder de reação no segundo set