Osorio cita protestos políticos e diz não entender revolta

21 ago 2015 - 08h26
(atualizado às 10h12)

O colombiano Juan Carlos Osorio entende a cultura do futebol brasileiro tão bem quanto fala português. Ainda em processo de adaptação ao País, o técnico do São Paulo deixou o Morumbi após a derrota por 2 a 1 para o muito desfalcado Ceará (lanterna da segunda divisão nacional) sem saber por que a torcida da sua equipe estava tão revoltada na noite de quinta-feira.

“Estou tranquilo em relação à minha situação pessoal, trabalhando com total dedicação. Entendo que o Brasil é democrático e que aqui se protesta por outras situações. Algumas coisas têm sentido. Outras, não”, comentou Osorio, referindo-se também às frequentes manifestações políticas no País.

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"Entendo que o Brasil é democrático e que aqui se protesta por outras situações. Algumas coisas têm sentido. Outras, não”, disse o técnico colombiano
"Entendo que o Brasil é democrático e que aqui se protesta por outras situações. Algumas coisas têm sentido. Outras, não”, disse o técnico colombiano
Foto: Maurício Rummens/Fotoarena / LANCE!Press

O técnico chegou a dizer até que se sentia “muito orgulhoso” dos seus jogadores, indo na contramão completa dos torcedores. Ele elogiou a disposição do São Paulo contra o Ceará e relacionou a derrota ao acaso, já que o time da casa pressionou durante todo o tempo e acabou castigado por gols de Rafael Costa.

Os torcedores, ao contrário, apontaram culpados. Entre eles, o próprio Osorio. Outros alvos da ira dos são-paulinos foram o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, os meias Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos e o restante do time “amarelão”, “sem vergonha” e “pipoqueiro”.

“É muito difícil entender que a torcida pegue no pé de certos jogadores. Se é por causa do jogo contra o Ceará, discordo. Acho injusto. Como foi com o Rafael (Toloi) na partida anterior. Mas, se é pelo acúmulo de várias partidas, então fica mais complicado para eu opinar ou compreender”, disse.

Toloi, Ganso e Michel Bastos continuam em alta com Juan Carlos Osorio, cuja confiança nem mesmo o Goiás ou o Ceará parece capaz de abalar. “Se eu for preservá-los, não será por temor da torcida. Se achar necessário e sentir que eles estão frescos, vão jogar, seja no Morumbi ou em outro lugar”, desafiou o colombiano.

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