Crespo desvia de comentar política do São Paulo, mas admite: 'Cenário que não ajuda'

Clube vem de quatro derrotas, nas quais também não fez nenhum gol, enquanto encara racha político e protesto da torcida

29 set 2025 - 23h39
(atualizado em 30/9/2025 às 07h16)
Resumo
Hernán Crespo evitou se aprofundar nos problemas políticos do São Paulo, mas reconheceu que a situação não favorece o desempenho em campo, destacando a necessidade de foco e trabalho frente à sequência de derrotas do time.
Crespo desvia de comentar política do São Paulo, mas admite: 'Cenário que não ajuda'
Crespo desvia de comentar política do São Paulo, mas admite: 'Cenário que não ajuda'
Foto: Rubens Chiri/SPFC

Hernán Crespo evita responder sobre qualquer setor além do time do São Paulo, de departamento médico até composição do elenco. Após a derrota para o Ceará pelo Campeonato Brasileiro, porém, o argentino admitiu que a situação política do clube "não ajuda" o que acontece em campo.

Apesar da "confissão", Crespo mantém a postura de que não há o que possa ser feito por ele ou pela comissão técnica para amenizar o cenário crítico do bastidor.

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"É uma situação muito particular que, no todo, não ajuda. Mas temos que focar naquilo que podemos controlar. Tentar fazer bons jogos, ganhar, acreditar que podemos classificar às copas internacionais. Tentamos estar fora dessa situação (política)", disse, em entrevista coletiva.

A fala vem depois de o MorumBis registrar o pior público em uma partida sem restrições de presença desde 2019. Foram apenas 12.342 são-paulinos nesta segunda-feira. Para o treinador, é preciso entender o torcedor, mas compreender também as limitações que o time tem nesta situação.

"O mundo ideal é que elenco, comissão técnica, diretoria e torcida estejam juntos. Tem momento de quebra. O motivo? Tem de perguntar a torcida. Se é uma questão política, nós (comissão técnica) não podemos fazer nada. Temos de encontrar soluções que fazem parte do jogo, da vida, do futebol. Sabemos que, como tivemos uma sequência positiva, pode acontecer uma negativa. Depende o jeito que isso chega. O time não está jogando muito bem, mas está bem. A bola não está entrando", tentou amenizar.

"Fórmula mágica não tem. Depende das características do rival e das situações particulares durante o jogo. Neste momento, não estão dando certo todas as escolhas que vamos fazer porque não tivemos o resultado. Quando passamos pelo Atlético Nacional, eu falei que não passamos, porque não jogamos bem. Neste momento, tivemos quatro derrotas, mas não merecemos. Se formos um a um, no mínimo (mereceríamos) um empate. Até hoje. Ninguém encontra a fórmula mágica. Gostamos do futebol por isso", defendeu.

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"É um momento emocionalmente difícil, porque ninguém gosta de perder. Mas o único jeito é trabalhar, acreditar naquilo que sabemos fazer e esperar que não chutemos na trave, ou que o goleiro não seja a figura do jogo. Claro que, jogando a cada três dias, as coisas positivas e negativas vão aparecer muito", concluiu.

O São Paulo volta a campo ainda nesta semana, na quinta-feira, quando visita o Fortaleza, na capital cearense, às 19h30, pela 26ª rodada. Depois, o adversário é o Palmeiras, no domingo, no MorumBis.

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