O clima de tensão no São Paulo após mais uma derrota na temporada – a oitava consecutiva – estava visível na porta do CT da Barra Funda. Nesta quinta-feira, o clube reforçou a segurança na entrada, enquanto no lado de dentro dos muros os reservas fizeram atividade sob vigilância do presidente Juvenal Juvêncio.
Os jogadores que estiveram em campo na derrota por 1 a 0 para o Internacional no Morumbi, na noite de quarta, fizeram trabalhos regenerativos, enquanto outros como Osvaldo, Aloísio e Edson Silva reforçaram o físico em um dos gramados do CT. Já os reservas do São Paulo enfrentaram a equipe Super-20 do clube, formada por jogadores sem idade para atuar na base, mas com contrato em vigência e que não são aproveitados por Paulo Autuori.
No lado oposto ao banco de reservas, o presidente Juvenal Juvêncio acompanhou toda a atividade, acompanhado pelo diretor de futebol, Adalberto Baptista, com quem conversou demoradamente (minutos depois o dirigente deixou o cargo).
Juvenal também bateu papo com o auxiliar técnico Milton Cruz, enquanto observava a atuação dos jogadores. Desde a recente crise, que já alcança 11 jogos sem vitória e oito derrotas seguidas, tem marcado presença constantemente no dia-a-dia do clube.
“(A presença do Juvenal) não pressiona. Ele é o presidente e faz parte de tudo aqui. É importante ele estar conosco neste momento. Temos que estar unidos para que possamos sair dessa situação o mais rápido possível”, minimizou o zagueiro Rafael Tolói, um dos que aproveitou a atividade para observar os companheiros, agarrado à grade. Com ele estavam Jadson, Paulo Henrique Ganso e outros.
Na entrada do CT, o São Paulo colocou dois seguranças além do comum e usou uma fita para barrar a entrada de carros, cobrando cadastro para a entrada. Não houve qualquer movimentação de torcedores além de um garoto, que tirou foto em frente ao símbolo do clube e foi-se embora. Tolói minimizou a preocupação com a segurança e afirmou que o grupo não te deixado de ir às ruas para evitar contato com torcedores.
“Não é nem questão de segurança. Todo jogador, quando está em uma situação dessa, não tem vontade de fazer nada. Nós dependemos da vitória. Jogador só é feliz quando vence, então vamos trabalhar para isso”, afirmou. O São Paulo volta a campo no domingo com uma complicada missão para encerrar a série negativa: enfrentará o arquirrival Corinthians às 16h (de Brasília), no Pacaembu.