O empate com gosto de derrota do Santos contra o Maringá, após estar vencendo por 2 a 0 e sofrer dois gols nos dez minutos finais, pela Copa do Brasil, teve um alento: a nova boa atuação de Elano em um time alternativo. O veterano marcou o seu segundo gol desde o retorno em nova situação adversa, rodeado por reservas. O lance pode ter colaborado, principalmente, para a sua permanência.
Diferentemente de Ricardo Oliveira, que tinha contrato similar, as negociações para renovar ainda acontecem e estão longe de um desfecho. Elano quer um novo contrato até, pelo menos, o fim do próximo ano com projeção de virar cartola após o vínculo e pode conseguir. O atual vence no próximo dia 30.
O Santos, até agora, só trouxe o meia Rafael Longuine, eleito a revelação do Campeonato Paulista, e sabe que pode perder jogadores, entre eles estão o atacante Geuvânio e o meia Lucas Lima.
No jogo, Elano comandou as principais chances do Santos no primeiro tempo, mas sumiu na segunda etapa e acabou substituído. “Depois do jogo falamos de contrato, fiz um gol importante, mas vejo a equipe ansiosa, isso é normal para quem não joga direto”, disse o camisa 22, que não falou sobre a sua situação após o fim do jogo.
O veterano já disse publicamente que ainda não sabe se permanecerá após o fim do contrato de risco falando, inclusive, de projeções para o fim da carreira.
"Nós tivemos uma conversa com o Dagoberto (Fernando dos Santos, superintendente) e temos alguns projetos, não sei se será possível. Sei que a minha carreira está chegando ao fim. Devo jogar mais um ou dois anos, mas espero seguir no Santos . Gostaria de continuar trabalhando aqui", explicou.
"Tenho vontade de trabalhar na parte de campo, me identifico nessa área. Acho que poderia acrescentar. Como dirigente, não daria, mas preciso sentar com a minha família, passando para o presidente algumas ideias, ainda, vamos ver. Minha maior alegria de falar com essa diretoria é que são grandes amigos, também", completou.
Nos bastidores, tem sido um dos mais influentes, aconselhando jovens e tomando frente dos problemas e negociações.
Dos quatro jogadores da geração 2003, Elano foi o único que ainda não emplacou. Renato teve início ruim, com lesões, em 2014, mas virou titular absoluto na campanha vitoriosa do Campeonato Paulista. Além dele, Oliveira terminou a competição como o craque e o artilheiro, com 11 gols, e Robinho já move esforços do Santos, que viajará para conversar com o Milan por sua permanência.
