Emiliano Sala tomou o avião em Nantes, na França, rumo a Cardiff, no País de Gales. Contratado pelo Cardiff, o atacante iria se apresentar ao novo clube. Vivendo o melhor momento da carreira no Nantes, onde marcou 42 dos seus 85 gols, o argentino escreveu sua história no futebol francês e partiria para um novo capítulo.
O drama do argentino faz a memória da gente se lembrar imediatamente do time da Chapecoense, que tanta dor trouxe ao país inteiro. Quase um time inteiro abatido por um acidente de avião, que também levou embora precocemente amigos jornalistas queridos.
Paradoxalmente, talvez tenha sido também o último momento em que o país mostrou solidariedade. A tragédia acabou por um momento com o preconceito, o desrespeito e o discurso de ódio. Mas durou muito pouco.
Inevitável lembrar também da morte de Ayrton Senna na pista, da comoção popular, da incredulidade de ver o herói das manhãs de domingo morto. Mas Senna segue vivo na memória dos amantes da velocidade. Segue vivo a cada ultrapassagem, a cada vitória, a cada título.
E como esquecer de João do Pulo, o herói do salto triplo. Um acidente de carro tirou uma das pernas do nosso João, que alguns anos depois também nos deixou. Mas fica a lembrança do recorde mundial batido em 1975, no México, que demorou dez anos pra ser superado.
A vida está sempre por um fio, mas nossos heróis seguem vivos na memória.