Paulinho, jogador do Palmeiras, enfrentou ataques racistas após declarações no São Paulo Fashion Week, e sua mãe, Ana Christina Tavares, defendeu sua posição como homem preto e candomblecista, destacando sua luta contra o colorismo e sua influência além do futebol.
Paulinho, do Palmeiras, foi alvo de ataques nos últimos dias após destacar sua importância "como macumbeiro, homem preto" no São Paulo Fashion Week. Em resposta aos críticos, Ana Christina Tavares saiu em defesa do filho, por meio das redes sociais.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Com uma sequência de fotos do desfile, a mãe do atacante palmeirense destacou a convicção do filho em seus posicionamentos fora de campo.
“Paulo Henrique é, antes de tudo, um homem consciente de quem ele é, de onde ele veio e para onde quer continuar caminhando. Ele se firma como homem preto, suburbano e candomblecista”, continuou.
Ao se colocar como “homem preto”, Paulinho ouviu questionamentos sobre a cor de sua pele. Para a mãe do jogador, esse debate é algo que não deveria existir.
“E por sua visibilidade e tom mais claro de pele, incomoda aos racistas. Muitos questionaram: ‘mas ele não é preto’. Esse tipo de fala não cabe mais. Aqui, precisamos falar sobre colorismo”, continuou.
Ana Christina também apontou a importância de o filho não restringir suas aparições e declarações apenas ao futebol.
“Ele sabe que sua imagem pública não é apenas vitrine. É ferramenta de transformação. É ponte entre mundos. É voz de quem, muitas vezes, não é ouvido. Enquanto o jogador representa o sucesso, o homem representa a consciência. E é nessa interseção que Paulo Henrique transforma visibilidade em propósito, e fama em responsabilidade social”, escreveu.
Grande contração do Palmeiras nesta temporada, Paulinho vive momento físico delicado e se recupera de cirurgia na perna direita. Quando esteve à disposição de Abel Ferreira, o camisa 10 disputou 16 jogos, com três gols e duas assistências.