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"Holandês-paulista" do hóquei se ofereceu por e-mail

Ao saber que poderia jogar pelo País, Paul Bernard Duncker mandou e-mail para técnico e viajou de Eindhoven para testes na Seleção do Brasil

17 jul 2015 - 10h22
(atualizado às 12h17)

Assim como outros quatro naturalizados da Seleção masculina de hóquei sobre grama, o nome de Paul Bernard Duncker chama atenção na escalação da equipe para uma partida dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Apesar de seu nome ser claramente estrangeiro, as pessoas se surpreendem ao saberem que o jogador é, de fato, brasileiro.

Filhos de holandeses, Bernard nasceu em São Paulo, onde morou seu primeiro ano de vida antes de voltar ao país europeu. “Meus pais moravam aqui, já que meu pai trabalhava em São Paulo. Mudei com minha família para a Holanda com um ano de vida e não lembro muitas coisas de lá”, disse após a vitória sobre o México por 1 a 0 nesta quinta-feira.

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Filhos de holandeses, Paul Bernard nasceu em São Paulo
Filhos de holandeses, Paul Bernard nasceu em São Paulo
Foto: Osmar Portilho / Terra

Mas se ele se mudou para Holanda com apenas um ano, como veio parar na Seleção brasileira de hóquei na grama? Ele mesmo explica. “Como tenho passaporte brasileiro, descobri que poderia jogar pelo Brasil. Mandei um e-mail para o técnico e foi assim que começou”, contou Bernard.

Na Europa, o “holandês-paulista” começou no esporte por diversão, mas logo pegou gosto pela modalidade e há dois anos entrou em contato com a Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama (CBHG) atrás de uma oportunidade.

“Fiquei sabendo que o Brasil estava preparando uma equipe de hóquei e mandei um e-mail para o técnico brasileiro explicando quem eu era e perguntando se poderia jogar pelo País. Ele se interessou. Então peguei um voo para o Rio de Janeiro para uma sessão de treinos”, revelou Bernard.

Paul Bernard Duncker comemora gol da vitória: resultado histórico para o Brasil
Foto: Osmar Portilho / Terra

Duncker, que está com apenas 16 anos, fala poucas palavras em português, mas mostra que puxou uma das características principais do povo tupiniquim: o amor pelo futebol. Quando perguntado onde morava, ele respondeu “Eindhoven”. Ao perceber que jornalistas não tiveram dificuldades para entender sua pronúncia da cidade, logo acrescentou: “Sabem o PSV?”, um dos maiores times da Holanda, que, aliás, foi o primeiro clube europeu de Ronaldo e Romário.

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“Cara, eu amo futebol. Gosto muito do Neymar, é um grande jogador, e do Messi também”. No hóquei sobre grama, Duncker atua pela como zagueiro pelo lado esquerdo. Ele tentou fazer uma analogia de sua posição com o futebol e usou um ídolo holandês para explicar. “É difícil comparar hóquei com futebol, mas acho que seria parecido com Giovanni van Bronckhorst, é meu ídolo”, disse, para depois lembrar o belo gol marcado do lateral esquerdo sobre o Uruguai na semifinal da Copa do Mundo de 2010.

Paul Dunker (primeiro à direita) começou no esporte por diversão
Foto: Osmar Portilho / Terra

Duncker ainda está no ensino médio, mas já planeja ingressar em uma faculdade no começo de 2017. O curso ainda está indefinido, mas uma vontade é praticamente certa: quer passar uns tempos no Brasil. “Talvez faça alguns anos da minha faculdade no Rio de Janeiro. Gostaria de experimentar novas experiências e viver em outros lugares também”.

Apesar de não morar no Brasil, Duncker diz que gosta de muitas coisas do País, elogia as mulheres e até tenta fazer uma comparação com as holandesas.

“Não tenho namorada, e as brasileiras são muito bonitas, mas diferentes das holandesas. Lá (na Holanda) você tem que ser muito cuidadoso com o que vai falar e não pode ficar olhando muito para uma mulher, como fazem no Brasil”, brincou, fazendo movimentos virando a cabeça para trás como se estivesse admirando uma garota.

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Fonte: Terra
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