Conheça fenômeno do basquete dos EUA que "detonou" Brasil

Apontada como uma das melhores jogadoras de basquete universitário, Breanna Stewart mostrou cartão de visitas contra Brasil

17 jul 2015 - 09h51
(atualizado às 09h51)

Ela não joga futebol, mas assim como os craques do esporte com os pés, Brianna Stewart veste na seleção de basquete dos Estados Unidos a camisa 10 nas costas. Mesmo com apenas 20 anos, a jovem ala-pivô já traz no currículo uma coleção de prêmios que lota uma prateleira. Duas vezes melhor atleta feminina da seleção americana de basquete, mehor jogadora universitária por dois anos seguidos, campeã mundial com os Estados Unidos na Turquia 2014. 

Porém, não adianta nada ter um currículo e ao ter nas costas a responsabilidade de liderar um time não dar conta do recado. Breanna Stewart sabia disso e já mostrou seu cartão de visitas na estreia dos Jogos Pan-Americanos, contra o Brasil. Com 26 pontos e 12 rebotes, ela foi o ponto de desequilíbrio no jogo apertado. Mesmo tendo rivais com larga experiência, como a pivô Kelly, 35 anos, a jovem americana não sentiu a pressão. 

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Breanna Stewart mostrou seu cartão de visitas na vitória dos Estados Unidos sobre o Brasil
Breanna Stewart mostrou seu cartão de visitas na vitória dos Estados Unidos sobre o Brasil
Foto: Eduardo Palacio / Terra

"Eu acho que põe sim uma pressão, quando eu tenho esses títulos, as pessoas olham para mim e querem me ver jogando bem. E na verdade é isso mesmo que eu quero fazer toda noite. Poder jogar para torcedores diferentes quando estou representando a camisa do time de basquete dos Estados Unidos é um grande sentimento".

Breanna abriu mão de participar da cerimônia do prêmio ESPY, um dos mais famosos entre os esportistas americanos e no qual concorria como melhor atleta feminina contra nomes como Ronda Rousey e Serena Williams, para se focar na participação dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Pode parecer pouco para uma atleta com um potencial tão grande participar da competição no Canadá, mas a jovem americana tem um plano traçado na cabeça. 

"Meu objetivo é estar no Rio em 2016, estou tentando chegar a ser uma das jogadoras escolhidas e esse torneio tem me preparado muito bem, jogando com outras seleções nacionais". Além do sonho por Rio 2016, a ala-pivô tem ressentimento pela campanha pífia feita pelos Estados Unidos no Pan de Guadalajara 2011, onde ela já havia sido destaque com apenas 16 anos e três anos mais nova que qualquer jogadora do time americano.

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"Eu acho muito importante, quando eu soube que jogaria os Jogos Pan-Americanos este ano, eu queria me redimir. Em 2011, eu era uma aluna sênior de high school e era nova. Mas terminamos na sétima colocação e isso não é aceitável para uma seleção dos Estados Unidos de basquete".

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Após a derrota desta quinta-feira, as brasileiras reconheceram que a americana tem algumas características muito especiais dentro de quadra. "Ela é uma jogadora excepcional, com um chute bom de fora, mas ela tem todo um sistema que favorece ela também. Elas procuram muito ela, tem muito volume de jogo porque favorecem muito o jogo dela. O norte-americano foca em uma jogadora, coloca ela como número 1 e joga em cima. Ela é uma jogadora muito técnica, muito boa. Sem dúvida é uma experiência muito boa para essas meninas novas, poder jogar e confrontar com ela agora", afirmou a pivô Kelly.

"É muito interessante, é uma jogadora de alta qualidade técnica, faz todos os fundamentos do jogo. Principalmente arremesso, postura, tem o equilíbrio no passe. Tem um passe diferenciado. Então tenho certeza que é uma jogadora que vai ser muito sucesso nos EUA. A gente vê no trabalho dela uma consciência, uma leveza nos movimentos. É uma jogadora diferenciada, mas no jogo eu acho que a gente deu espaço demais. A gente deu espaço que não deveria", completou o técnico Zanon. 

Fonte: Terra
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