Com mais seis medalhas conquistadas neste sábado de disputas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil não teve um dia tão bom como foi a sexta-feira da nação em termos de desempenho, mas mesmo assim assegurou a sua permanência no top 10 da competição. O País caiu da sexta para a oitava colocação, porém manteve a meta principal estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que é terminar o grande evento entre os dez primeiro colocados na capital japonesa.
O Brasil encerrou no top 10 a sua participação em todas as edições da Paralimpíada desde os Jogos de Pequim-2008. E neste sábado quem ajudou o País a se manter neste seleto grupo foram os seguintes atletas: Thalita Simplício (prata), Cícero Nobre e Julyana da Silva (com um bronze cada), todas em provas do atletismo; a natação brasileira com o bronze no revezamento 4x100m livre misto; e Lúcia Araújo (judô) e Cátia Oliveira (tênis de mesa), que também asseguraram lugar no terceiro lugar do pódio.
Países | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1º China | 30 | 21 | 26 | 77 |
2º Grã-Bretanha | 16 | 12 | 15 | 43 |
3º Comitê Olímpico Russo | 13 | 7 | 20 | 40 |
4º Estados Unidos | 11 | 7 | 4 | 22 |
5º Ucrânia | 8 | 17 | 9 | 34 |
6º Austrália | 7 | 9 | 11 | 27 |
7º Azerbaijão | 7 | 0 | 2 | 9 |
8º Brasil | 6 | 5 | 12 | 23 |
9º Holanda | 6 | 5 | 5 | 16 |
10º Itália | 5 | 7 | 6 | 18 |
11º Espanha | 4 | 8 | 2 | 14 |
12º Usbequistão | 4 | 4 | 3 | 11 |
13º França | 3 | 6 | 10 | 19 |
14º Belarus | 3 | 0 | 1 | 4 |
15º Japão | 2 | 4 | 7 | 13 |
16º Colômbia | 2 | 3 | 4 | 9 |
17º Israel | 2 | 1 | 0 | 3 |
17º Nova Zelândia | 2 | 1 | 0 | 3 |
19º Bélgica | 2 | 0 | 3 | 5 |
19º México | 2 | 0 | 3 | 5 |
21º África do Sul | 2 | 0 | 0 | 2 |
22º Canadá | 1 | 5 | 2 | 8 |
23º Polônia | 1 | 2 | 6 | 9 |
24º Hungria | 1 | 2 | 1 | 4 |
25º Irã | 1 | 2 | 0 | 3 |
25º Casaquistão | 1 | 2 | 0 | 3 |
Bronze e recorde mundial de Gabriel Bandeira
Nas disputas do dia, vale destacar que o Brasil conquistou a sua décima medalha na natação com o bronze no revezamento misto 4x100m livre classe S14. E com destaque principal para Gabriel Bandeira, que já havia conquistado uma medalha de ouro em Tóquio e desta vez fez a sua parcial na prova em 51s11, quebrando o recorde mundial da distância que percorreu.
Na piscina, a equipe brasileira terminou em quarto lugar, mas herdou o bronze, com a marca de 3min51s23, que ainda foi o melhor tempo das Américas na prova, por causa da desclassificação da equipe do Comitê Paralímpico Russo, que havia terminado em terceiro lugar.
"A estratégia foi entregar o Brasil em primeiro lugar e assim eu fiz. Nadei muito forte, não esperava quebrar o recorde mundial, mas nadei muito rápido e estou duplamente feliz. A minha marca foi realmente expressiva e o bronze veio para coroar o nosso esforço", afirmou Gabriel Bandeira.
A Grã-Bretanha faturou a medalha de ouro, com direito a quebra do recorde mundial da prova (3min40s63), e a Austrália ficou com a prata (3min46s38). "Estou tendo resultados que realmente estão me deixando feliz. Vamos seguir brigando por mais medalhas", completou Bandeira, que ganhou o primeiro ouro do Brasil nesta Paralimpíada, na qual ainda vai nadar as disputas dos 100m peito, dos 200m medley e dos 100m costas em Tóquio.
China dominante
O quadro de medalhas segue sendo liderado pela China, agora ostentando 30 ouros, 21 pratas e 26 bronzes, totalizando 77 pódios. A Grã-Bretanha, por sua vez, se manteve na segunda posição, com 16 ouros, 12 pratas e 15 bronzes, com 43 ao total, enquanto o Comitê Olímpico Russo sustentou a terceira posição que já ocupava ao término das competições de sexta-feira.
Já a quarta colocação passou a ser ocupada pelos Estados Unidos, que ultrapassou a Ucrânia, agora em quinto lugar. E o Brasil, que na sexta-feira era o sexto no geral, acabou caindo para oitavo por causa da ascensão de Austrália e Azerbaijão, respectivos sexto e sétimo após as disputas deste sábado em Tóquio.
A Holanda se manteve na nona posição, mas a França, que no dia anterior fechava o top 10, caiu da 10ª para a 13ª colocação. A Itália, que na sexta-feira era a sétima no geral, também desceu três postos e agora está no 10º lugar, seguida por Espanha e Usbequistão, respectivos 11º e 12º. Belarus e Japão, logo atrás dos holandeses, fecham, nesta ordem, o top 15 do quadro de medalhas.