Wahine Bodyboarding Pro busca mais inclusão no Espírito Santo

Na categoria PCD, ao lado de mastectomizadas e amputadas, estarão, também, atletas com deficiência visual

10 abr 2024 - 12h34

Inclusão, superação, desafiando limites, no esporte e na vida. As atletas PCD do bodyboarding entram no mar, neste mês, na praia de Jacaraípe, em Serra, no Espírito Santo. Entre os dias 18 e 27, será disputada a edição 2024 da etapa brasileira do Circuito Mundial de Bodyboarding Feminino, o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro. E a categoria PCD estará ainda mais inclusiva do que nos dois anos anteriores. Ao lado de mastectomizadas e amputadas, competirão, também, atletas com deficiência visual.

Foto: Foto: Divulgação

"Temos duas novidades nesta edição. Uma delas é a bateria composta por atletas com sequelas de doenças que ocasionaram a condição de cegueira ou deficiência visual. Uma iniciativa inédita no mundo, por ser a primeira bateria em competição oficial de bodyboarding composta por mulheres deficientes visuais. A outra é a de munir as atletas com informações de conteúdos educacionais pertinentes ao conceito de esporte e pessoa com deficiência", explica o consultor da categoria PCD no evento, o professor Hudson Renato, técnico esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro - em atletismo e natação paralímpica.

Publicidade

Em busca de nova vitória - Entre as participantes está a pernambucana Carla Cunha, 42 anos, que estreou no torneio no ano passado, ganhando a categoria PCD. Agora, volta à praia de Jacaraípe, em busca de uma nova vitória. Carla amputou a perna após sofrer um grave acidente de moto em 2016.

“A vitória em 2023 foi bem significativa para mim, pois competi pela primeira vez apenas contra mulheres com o mesmo tipo de deficiência, e isso me colocou em situação de igualdade e me trouxe a vitória. Para este ano, as expectativas são as melhores possíveis. Darei o meu melhor, mostrando que o limite está na mente, e não em meu corpo. E espero me divertir muito nas ondas de Jacaraípe novamente”, afirma a atleta.

Carla destaca a importância do esporte e de torneios como o Wahine na busca da superação. “É um esporte que nos fortalece e nos impulsiona a assumir o controle de nossas vidas. O Wahine está ajudando a popularizar entre pessoas com deficiência e isso é inclusão. Que é a minha luta. E que venham mais e mais categorias, autistas, down e por aí vai".

A vice-campeã em 2023, Letícia de Oliveira Alves, de apenas 15 anos, também volta a Serra. "O Wahine é um evento muito especial para mim. O resultado do ano passado foi, sem dúvida, um dos melhores momentos da minha vida. Estou tratando de uma lesão no ombro, que limitou meus treinos, mas estarei lá para dar o meu melhor", garante. 

Publicidade

O evento 

A Wahine Bodyboarding reunirá as principais atletas do ranking mundial, de cerca de 10 países, entre as quais a melhor bodyboarder do mundo no momento, a japonesa Sari Ohhara, que vai em busca do bicampeonato - campeã Profissional da edição 2023.

A etapa conta com cinco categorias: Pro Junior, Profissional e Master Woman - válidas pelo título mundial -, além de Open (Amador) e PCD (mastectomizadas, amputadas e deficientes visuais) - voltadas para inclusão e fomento. 

Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se