Gigante brasileiro pode sofrer bloqueio judicial por dívida milionária

Ação judicial movida por empresa de agenciamento pode bloquear receitas de futuras vendas de jogadores como Vitão, Gustavo Prado e Ricardo Mathias.

17 dez 2025 - 23h45
(atualizado às 23h45)
Foto: Esporte News Mundo

O Internacional enfrenta mais um entrave jurídico em meio a um cenário financeiro delicado. A Showball Assessoria Esportiva LTDA entrou na Justiça com um pedido para bloquear eventuais receitas do clube provenientes da venda de jogadores do atual elenco, como Vitão, Gustavo Prado e Ricardo Mathias. A medida está relacionada a uma dívida estimada em cerca de R$ 30 milhões, referente à negociação do zagueiro Bruno Fuchs, realizada em 2020.

O clube reconhece a existência da obrigação e admite que o valor deverá ser quitado, mas adota uma estratégia jurídica para postergar o pagamento. A ideia é recorrer às instâncias possíveis com o objetivo de ganhar tempo, diante das dificuldades financeiras enfrentadas atualmente.

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O pedido de bloqueio apresentado pelos advogados da Showball está sob análise da Justiça e pode ser decidido a qualquer momento. Caso seja acolhido, qualquer quantia obtida pelo Inter com a venda dos atletas citados ficaria retida judicialmente até a quitação integral da dívida.

Segundo a apuração do Correio do Povo, o presidente Alessandro Barcellos minimizou o impacto político do processo e contextualizou a situação como algo recorrente no futebol brasileiro. Segundo ele, todos os clubes convivem com ações judiciais originadas de negociações passadas e o Internacional possui estrutura jurídica para lidar com esse tipo de demanda.

Internamente, a possibilidade de bloqueio de receitas futuras é vista com preocupação. Vitão, em especial, é considerado um dos principais ativos do elenco e costuma despertar interesse no mercado nacional e internacional. Uma eventual restrição judicial sobre uma negociação desse porte pode afetar diretamente o planejamento esportivo e financeiro para a próxima temporada.

A dívida tem origem na venda de Bruno Fuchs ao CSKA, da Rússia, em agosto de 2020. Na ocasião, a Showball, empresa do agente Jair Peixoto, detinha 20% dos direitos econômicos do jogador e deveria receber sua parte na transação. Como não houve acordo para o pagamento, a empresa ingressou com ação judicial no início de 2021. Atualmente, o processo está em fase de execução, embora ainda haja espaço para novos recursos por parte do clube.

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