Empresário aciona gigante do Brasileirão na Justiça e cobra R$ 60 milhões do clube

Os R$ 60,5 milhões cobrados pelo empresário superam os valores originais das dívidas, que foram corrigidas ao longo do tempo.

19 dez 2025 - 15h52
(atualizado às 15h52)
Taça do Brasileirão
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Foto: João Guilherme Arenazio/Getty Images / Esporte News Mundo

O Internacional virou alvo de quatro ações judiciais movidas pelo empresário Delcir Sonda. Somadas, as cobranças chegam a R$ 60,5 milhões. A informação foi divulgada pelo jornalista Fabrício Falkowski, do Correio do Povo.

Do total de processos, dois estão diretamente ligados à contratação do argentino Andrés D'Alessandro, em 2008. Segundo a publicação, Delcir participou das negociações e, à época, uma empresa ligada ao empresário assumiu os custos da transferência do jogador ao clube gaúcho, ficando com os direitos econômicos do atleta.

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O acordo previa que o valor investido seria ressarcido em uma futura venda de D'Alessandro, o que acabou não acontecendo. Anos depois, em 2021, o então presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, reconheceu judicialmente a dívida, estimada em R$ 18,9 milhões (cerca de € 3 milhões na cotação da época).

Parte desse montante, R$ 8,2 milhões, foi transferida à Icipar Empreendimentos e Participações S.A., que passou a cobrar o valor do clube. Em 2023, as partes firmaram um novo acordo, prevendo o pagamento em 50 parcelas mensais de aproximadamente R$ 200 mil. No entanto, o Internacional quitou apenas cinco parcelas, entre outubro e junho daquele ano.

Com o descumprimento do acordo, a empresa ingressou com nova ação judicial, solicitando R$ 16,4 milhões, já considerando juros e multas.

A outra parte da dívida relacionada a D'Alessandro envolve a empresa Displan, também pertencente a Delcir Sonda. Em janeiro deste ano, a companhia acionou a Justiça para cobrar R$ 13,7 milhões do clube.

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Além disso, a Displan move outros dois processos contra o Internacional, referentes a empréstimos concedidos em 2018. Um deles é avaliado em R$ 10 milhões, enquanto o outro soma R$ 2,6 milhões.

Os R$ 60,5 milhões cobrados atualmente superam os valores originais das dívidas, que foram corrigidas ao longo do tempo devido ao não cumprimento dos prazos acordados, com a aplicação de juros, multas e honorários advocatícios.

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