O Corinthians ainda não sabe qual time enfrentará na semifinal do Mundial de Clubes, mas o favorito entre os três possíveis é o Al Ahly, do Egito. Campeão africano, o time teve que superar uma tragédia recentemente e por isso jogará de luto no Japão, com braçadeiras pretas em todos atletas. Mesmo assim a equipe está confiante e já fala até em enfrentar o Chelsea na final.
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O atacante Mohamed Nagy, mais conhecido pelo apelido de "Gedo", deu entrevista para o site da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e esbanjou confiança: "estou muito feliz por estar aqui e disputar a minha primeira competição organizada pela FIFA. Espero que a gente chegue à final para enfrentar o Chelsea e o (Fernando) Torres, que é um dos meus jogadores preferidos", contou ele, que sequer citou o Corinthians na entrevista.
Gedo também falou sobre a tragédia de Port Said, que fará o Al Ahly jogar de luto no Mundial. Ele destacou que o time vem de um ano difícil por causa desse problema: "a temporada foi uma provação. O drama de Port Said, em que 72 torcedores perderam a vida, foi dificílimo de superar. Fui pessoalmente afetado e tivemos muita dificuldade para retomar o futebol. A única coisa que nos fez voltar a campo foi a promessa que fizemos às famílias das vítimas, de vencer a Liga dos Campeões (da África) para honrar a memória dos mártires", comentou ele, que foi um dos destaques do time no título continental.
Uma invasão a campo gerou a tragédia no Egito, durante o jogo entre Al-Masry e o Al-Ahly, em fevereiro deste ano. Além dos 72 mortos, milhares de torcedores ficaram feridos e até os jogadores e treinadores foram agredidos. Isso causou a suspensão do Campeonato Egípcio, que ainda não está confirmado para o ano que vem.
Destaque no país, Gedo tem sido procurado e não sabe se vai ficar no Al Ahly após o Mundial: "recebi propostas de vários clubes, mas acho que não é hora de falar sobre isso. Será preciso esperar até voltarmos do Japão para ver se o Campeonato Egípcio será retomado. Se não for, devo deixar o clube", contou.
