A saga corintiana no Japão continuou neste sábado com mais um capítulo da invasão prometida pela torcida alvinegra. No que foi o primeiro treino aberto da equipe no país, os fãs compareceram em peso e lotaram o Wave Stadium, em Kariya, com cerca de 700 pessoas. Mas nem só alegrias preencheram o dia dos corintianos, que precisaram conviver com a Fifa obrigando o clube paulista a usar a cor verde em sua camisa pela primeira vez na história.
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A entidade máxima do futebol, que também organiza o Mundial de Clubes, rejeitou o pedido da agremiação alvinegra de não ter que utilizar um logotipo que possui a cor verde. No caso, a Fifa obrigou o time brasileiro, e também as demais seis equipes do torneio, a estampar o símbolo da campanha Football for Hope, que luta contra problemas sociais pelo planeta.
Nunca, em seus 102 anos de existência, o Corinthians precisou usar o verde em seu uniforme. A coloração faz referência ao arquirrival Palmeiras e é odiada pelos corintianos, que proíbem o tom nas arquibancadas de seus jogos, nas cores de seus patrocinadores e até nos visitantes que vão ao clube diariamente.
Verde na camisa à parte, o Corinthians teve um sábado sossegado no Japão. Após treinar em Kariya com presença em massa dos torcedores, que ainda ironizaram a queda à segunda divisão do Palmeiras com gritos durante toda a atividade, a delegação seguiu para o Hotel Hilton para almoçar e conceder entrevistas, no caso do atacante Guerrero e do goleiro Cássio.
"A torcida é incrível. Nunca tinha visto algo como na despedida do aeroporto no Brasil. É mais uma motivação para voltar a jogar rapidamente e, principalmente, ganhar este título mundial pelo Corinthians", definiu o camisa 9 do time alvinegro e também da seleção peruana, onde é ídolo máximo e artilheiro.
A idolatria no Peru, aliás, tem trazido "novos torcedores" ao Corinthians para o Mundial de Clubes. A grande colônia de peruanos no Japão tem comparecido aos treinos com camisas do selecionado peruano, bandeiras do país e faixas de apoio a Guerrero, que agradeceu ao apoio de seus conterrâneos.
"Todo treino tem pelo menos umas quatro pessoas com a camisa do Peru aqui, é incrível. Ganhar um título Mundial não é só importante no Brasil, mas no Peru também. Por isso, o Peru está torcendo por nós aqui. O Peru é torcedor do Corinthians no Mundial", sentenciou o centroavante, feliz pelo assédio.
No domingo, o Corinthians retoma suas atividades em solo japonês com treino marcado para o período vespertino, também em Kariya. Depois, a delegação vai tomar banho e jantar no Hotel Hilton antes de seguir para o Estádio de Toyota visando acompanhar o duelo entre Sanfrecce Hiroshima e Al Ahly, que definirá seu adversário na semifinal do Mundial.