O clima era de muita vibração e alívio. A vitória por 2 a 1 diante do Danubio, do Uruguai, fora de casa, deixou o São Paulo praticamente dependendo apenas de suas forças para chegar às oitavas de final da Libertadores. Um atleta, porém, destoava no ambiente tricolor, e justamente um dos maiores ídolos da história recente do clube tricolor: Luís Fabiano.
Diante da declaração do presidente Carlos Miguel Aidar de que não colocaria obstáculos para uma eventual transferência do atacante para o Orlando City, dos Estados Unidos, o atacante demonstrou uma certa mágoa e, dependendo do que for acertado, pode estar com os dias contados no Morumbi.
"Conversamos de forma breve, estamos no meio da competição", explicou o jogador sobre a sondagem do time americano, logo após deixar o campo do Estádio Luis Franzini. "Eu sinceramente não vi as palavras do presidente, mas me comentaram. Eu estava concentrado no jogo e não queria saber de nada, mas agora eu vou dar uma olhada e em cima do que ele falou, vamos ver o que a gente acerta".
O que estaria incomodando o mandatário tricolor são as contusões frequentes que vêm comprometendo a continuidade do atacante no elenco tricolor – Luís Fabiano voltou a campo no segundo tempo contra o Danúbio, após uma contratura muscular na coxa esquerda que o deixou fora de ação por um mês.
"Amigavelmente, do meu lado, não tem nenhum problema em sentar e ver isso. Ver o que for melhor para as duas partes. Se eu tiver que sair agora, eu saio sem problema nenhum", disse ainda o camisa 9. O contrato de Luís Fabiano vai até dezembro deste ano. Dependendo do teor da conversa, ele responde da seguinte forma se seria possível um acerto para o término do acordo no meio do ano: "com certeza".
"Vai ser o meu último ano no São Paulo, então tenho que aproveitar ao máximo tudo, cada segundo", complementou o discurso de despedida.