Após Barcos sair, ex-goleiro Marcos retoma posto de "guru" no Palmeiras

Na sexta-feira, quando Barcos foi negociado com o Grêmio e teve sua idolatria contestada pela maioria dos palmeirenses, um outro ídolo reapareceu para dar força ao clube. Marcos já esteve com o time na estreia da Libertadores, nessa quinta-feira, e deve ser cada vez mais presente, assim como optou por fazer em meio à luta contra o rebaixamento no Brasileiro do ano passado.

Nessa quinta-feira, o ex-goleiro, que anunciou aposentadoria em janeiro de 2012, foi aos vestiários do Pacaembu antes do início do jogo contra o Sporting Cristal. E se manteve por lá, ao lado também do presidente Paulo Nobre e do diretor executivo José Carlos Brunoro, vibrando com os atletas até uma hora depois do fim do jogo.

Ainda na sexta-feira, o ex-goleiro já apareceu, mas de forma virtual. Ao ver o pai e empresário de Marcelo Moreno chamar o clube de "fracassado" para se negar a ceder seu filho ao clube alviverde, Marcos falou em "ignorância" e lembrou no seu Facebook que conquistou a Copa do Mundo de 2002 como titular por seu desempenho no time, e no mesmo ano em que foi rebaixado com a equipe.

Essas palavras se tornarão mais reais nos próximos dias. É provável que Marcos volte a figurar nos vestiários do Pacaembu neste domingo, quando o Palmeiras enfrenta o Corinthians pelo Campeonato Paulista. Enquanto o renovado departamento de marketing não define de forma mais clara sua função, o ex-goleiro trabalha como motivador.

"O Marcos é atuante. Todos sabem o que ele representa, principalmente para os jovens desse clube. Quando você começa a se espelhar em ídolos, pessoas vencedoras dentro do clube, querendo ou não você se fortalece também", comentou Gilson Kleina, que já teve Marcos ao seu lado em setembro, quando assumiu o time e viu Marcos se voluntariar a ficar concentrado com o elenco em Itu.

A presença do ídolo é considerada importante para o time não se enervar em seu primeiro clássico depois do rebaixamento no Brasileiro. Logo diante de um rival que foi campeão da Libertadores e do Mundial no ano passado, e que contará com a maior parte da torcida no estádio por ser mandante no clássico.

"Temos que trabalhar o equilíbrio emocional. Não adianta entrar contra o Corinthians e achar que é uma guerra", falou Kleina. "Uma coisa é ser competitivo e outra é ser violenta. O jogo contra o Corinthians vale muito, e é uma guerra a ser vista com estratégia. Não tem que entrar para dar pontapé ou ser desleal", continuou indicando o técnico, com esperança de que Marcos repita suas palavras no domingo.