Nos últimos meses, Zinedine Zidane adotou uma postura mais aberta ao ser abordado em aparições públicas sobre seu possível retorno à beira do campo. Uma compostura que, ao menos na França, tem reforçado a percepção de que a volta ao trabalho está próxima.
O jornal espanhol AS intensificou ainda mais os rumores ao revelar que há um processo de transição sendo articulado de maneira silenciosa na seleção francesa. De acordo com o portal, os movimentos recentes fortalecem o cenário para troca de comando técnico, enquanto Didier Deschamps, no cargo desde 2012, já avalia propostas de clubes da Arábia Saudita.
Na França, os rumores seguem pelo mesmo caminho e indicam que Deschamps considera uma transferência ao futebol saudita ao término da Copa do Mundo de 2026. Ou seja, em julho. Veículos locais apontam que o técnico pretende, inclusive, usar o histórico na seleção — campeão mundial em 2018 e vice em 2022 — para ingressar em equipe de elite na Arábia.
A avaliação interna é de que a campanha no próximo Mundial não deve alterar o contexto, já que há a sensação de encerramento. O próprio Deschamps compactua com isso, enquanto Zidane ganha força e preparo para sucedê-lo.
Zidane em estratégia de espera
Zinedine recusou todas propostas que recebeu nos últimos anos, independentemente do apelo esportivo e financeiro. O motivo, de acordo com a mídia francesa, é simples: ele não quis comprometer o plano de assumir a equipe nacional no momento que considera ideal.
"Pronto, voltarei a treinar", afirmou o ídolo francês em diferentes ocasiões recentes. A fala alimenta a expectativa crescente no país.
Rumores também mencionaram a possibilidade do reencontro de Zinedine com o Real Madrid, caso Xabi Alonso deixasse o clube. Contudo, apurações da imprensa espanhola indicaram que não houve qualquer conversa neste sentido, nem na última primavera europeia, tampouco no período mais atual.
Prestígio e trajetória
O ídolo francês ainda detém uma carreira curta como técnico, porém vitoriosa — entre as maiores da era recente. Ele conduziu o clube merengue às conquistas de três Champions League consecutivas, se tornando, aliás, o primeiro treinador a atingir tal feito.
Para se ter uma ideia, apenas Carlo Ancelotti consegue alcançá-lo nesta marca de três Champions, mas quando somado os títulos obtidos por diferentes equipes.
Essa credencial, combinada ao respeito que mantém na França, sustenta sua estratégia de "aguardar o momento certo". O ex-treinador sempre priorizou seu prestígio e evitou assumir projetos instáveis, medida que visou preservar sua imagem antes do passo que realmente pretende dar.
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