O técnico Fábio Carille reviveu, na noite da última quarta-feira, o pesadelo que marcou boa parte da reta final do Corinthians no Campeonato Brasileiro do ano passado: os gols sofridos em bolas paradas. Causa do único tento da vitória do São Bento em Itaquera, o escanteio voltou a atormentar a defesa corintiana, que havia passado ilesa neste tipo de jogada na temporada até aquele momento.
Em 2017, o treinador viu os escanteios originarem seis dos últimos 12 gols sofridos pela equipe no torneio, muitos com a mesma configuração do revés para os sorocabanos: bola na primeira trave e cabeçada indefensável para Cássio. O retorno de um problema antigo justamente quando, dentro de campo, a nova formação começa a encontrar mais dificuldades neste início de temporada.
"Não fizemos por merecer, temos de ser justos. A gente tem que jogar mais, e sabemos que podemos jogar mais. É bom que está acontecendo num momento que ainda dá para melhorar o time, trabalhar o que precisa trabalhar", disse o treinador, reconhecendo que precisa de mais tempo para fazer os comandados agirem naturalmente no 4-1-4-1, principalmente nos jogos contra grandes adversários.
""Gostei no começo do que a gente fez no 4-1-4-1, agora não está funcionando tanto. Preciso ver se são as peças ou o meu treinamento que precisa ser melhor. A partir de amanhã (quinta) começo a ver isso", explicou o comandante, que terá um jogo-treino contra o Atlético-PR, nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, para fazer novos testes na formação.
Depois, o Timão só volta ao gramado na segunda-feira, quando encara a equipe do Red Bull, em Campinas. Essa será a última partida antes da complicada sequência de duelos frente a Palmeiras, no dia 24, Millonarios, no dia 28, e Santos, no dia 4 de março.
"Vamos fazer um bom jogo contra o Red Bull para ir com confiança para o clássico (contra o Palmeiras) e depois para a estreia da Libertadores (contra o Millonarios). Graças a Deus está acontecendo num momento que dá para consertar", concluiu Carille.