Empresa quer tirar Argentina da Copa por amistoso cancelado

A empresa responsável pela organização do jogo, Comtec, pedirá a suspensão da equipe no Mundial

7 jun 2018 - 15h27
(atualizado às 16h26)

O cancelamento do amistoso entre Israel e Argentina segue dando o que falar. Segundo a rede de TV TyC Sports, a Comtec, empresa responsável pela organização da partida, vai pedir a suspensão da seleção sul-americana da Copa do Mundo, alegando "discriminação religiosa".

De acordo com o jornal Clarín, a Argentina recebeu 2 milhões de dólares (R$ 7,6 milhões) para disputar o jogo contra Israel. A Comtec pede o ressarcimento do valor investido, mas a AFA negocia com os israelenses uma nova data para a realização do amistoso após o Mundial, provavelmente para novembro. A entidade teme levar prejuízo financeiro por conta do cancelamento da partida.

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A partida seria realizada no próximo sábado (9), mas foi cancelada por conta de muitos protestos por questões políticas, o que fizeram os jogadores da seleção se reunirem com Claudio Tapia, presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA), e informarem que não gostariam de disputar o jogo. O motivo seria o medo de conflitos em campo e ao redor do estádio, em Jerusalém.

Em nota à imprensa, a Comtec externou sua insatisfação com o cancelamento do amistoso. A companhia exige que os hermanos não cedam ao que eles chamam de terrorismo.

Protestos ocorreram durante a semana em treino da Argentina (Foto: Reprodução TyC Sports)
Protestos ocorreram durante a semana em treino da Argentina (Foto: Reprodução TyC Sports)
Foto: Lance!

"Há uma forte e estreita ligação entre Israel e Argentina, que já foi testada no passado. Não se pode permitir que o terrorismo possa determinar a agenda global. Hoje é o cancelamento de um jogo em Israel, amanhã será o de um evento significativo na Argentina. Não devemos desistir. O cancelamento é um golpe sério para quem acredita que o desporto pode realmente unir pessoas e povos. Isso é um sinal claro de rendição ao terror e apenas uma distração."

Antes do cancelamento, a Associação de Futebol da Palestina protestou contra a realização do amistoso, por acreditar que o jogo seria uma afronta ao país, por ele ocorrer em uma cidade anexada ao território de Israel.

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