Mais refinado, Mascherano pede a árbitros: protejam craques

26 jun 2015 - 11h55

Se ainda há torcedores que consideram Javier Mascherano um mero marcador, eles precisam se atualizar. É claro que o volante argentino, que joga de zagueiro no Barcelona, não perdeu a força defensiva e a agressividade que o acompanham desde o início da carreira no River Plate. Mas hoje, aos 31 anos, ele apurou os elementos técnicos de seu jogo e se tornou um meio-campista refinado. Um misto de suor e classe que é visto como intocável na seleção ao lado de Lionel Messi.

Foto: Juan Carlos Cardenas / EFE

Antes do jogo desta sexta-feira contra a Colômbia, pelas quartas de final da Copa América, às 20h30 (de Brasília), em Viña del Mar, Mascherano resumiu em uma frase o que é a proposta do técnico Tata Martino: "controlar o adversário pela posse de bola, ter experiência para manejar as situações, sem deixar de lado o choque e a luta". Pareceu um resumo do próprio estilo de jogo do volante? É por isso que ele é fundamental para o time.

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Nas três primeiras partidas da Argentina na primeira fase, Mascherano foi o jogador que passou mais tempo com a bola nos pés. Em cerca de 10% do tempo, foi ele o responsável por direcionar os ataques da seleção. Contra times fechados, ter um volante de bom passe e visão de jogo é essencial para não ficar travado na marcação, que tira os espaços de criação dos meias e atacantes.

Mais uma prova de que Mascherano passa longe de ser só um brucutu? Ele pediu que os árbitros da Copa América protejam os craques das pancadas dentro de campo. O argentino já havia saído em defesa de Neymar quando o brasileiro foi expulso diante da Colômbia, e agora ficou do lado do uruguaio Cavani, que também recebeu cartão vermelho após ser provocado pelo chileno Jara.

É claro que Mascherano não perdeu a agressividade em campo, mas ele não é só isso
Foto: Juan Carlos Cardenas / EFE

"Nós sabemos que o futebol sul-americano é mais permissivo comparando com uma Copa do Mundo. Temos que garantir para o público que o espetáculo seja bom. Nós (argentinos) temos muitos jogadores que podem desequilibrar individualmente, muito talento. Por isso, esperamos que (os árbitros) cuidem bem deles no jogo", disse o camisa 14.

Um volante de marcação, sim, mas sem deixar de lado a parte construtiva do jogo de um meio-campista. Mascherano, hoje, é tão importante para a seleção funcionar quanto Messi, Agüero ou qualquer outra estrela do ataque. E diante de uma Colômbia que pode se fechar um pouco mais na defesa para tentar surpreender no contra-ataque, caberá a ele incorporar a filosofia de jogo de Tata Martino para impulsionar a Argentina à semifinal.

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Fonte: Terra
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