Fifa libera R$ 47 mi para geradores e se preocupa com estruturas temporárias

18 fev 2014 - 19h11
(atualizado às 21h10)
<p>Valcke mostra preocupação com as estruturas temporárias da Copa 2014</p>
Valcke mostra preocupação com as estruturas temporárias da Copa 2014
Foto: AFP

Preocupada com o impasse sobre quem vai arcar com os custos das estruturas temporárias nos estádios para a Copa do Mundo 2014, a Fifa aceitou pagar R$ 47 milhões por geradores de energia para a transmissão de TV, reduzindo o investimento das cidades-sede em estruturas complementares.

As instalações temporárias são consideradas fundamentais para o torneio, com estruturas para as áreas de tecnologia, segurança e para a imprensa. "O que temíamos era não dispor da energia. Não há Copa sem energia. Nós intervimos porque era a melhor maneira para a transmissão dos jogos, e assim não haveria problemas às vésperas do torneio", disse nesta terça-feira o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Florianópolis, onde ocorre um seminário com as 32 seleções.

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Mas a Fifa não vai intervir na disputa entre cidades-sede e o Comitê Organizador Local (COL) sobre o pagamento das estruturas temporárias. Em Porto Alegre, por exemplo, o dono do estádio, o Internacional, disse na semana passada que não vai pagar e, após uma reunião na segunda, o clube, o governo do Estado e a prefeitura se comprometeram a apresentar uma solução até quinta.

"Nós já dissemos claramente, é um acordo das cidades-sede com o COL. Na vida, quando se tem um compromisso, tem que cumprir. Esperamos que elas (cidades) cumpram", afirmou Valcke. O Estádio Beira-Rio será entregue na quinta, com presença da presidente Dilma Rousseff. Após a inauguração, restarão quatro dos 12 estádios a ficar prontos para o Mundial, estourando o prazo da Fifa, que era dezembro do ano passado.

Internacional não vai pagar por estruturas temporárias e uma solução entre clube, governo do Estado e prefeitura é esperada até quinta
Foto: Natália Mauro/Internacional / Divulgação

Mesmo com os problemas de atrasos e polêmicas sobre financiamentos, o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, disse não acreditar que a imagem do Brasil esteja arranhada no exterior. "Vão ser 12 estádios bonitos, modernos e confortáveis, que não existiam antes com esse padrão de qualidade. Essa vai ser a imagem do Brasil", disse.

"Será que teria sido melhor termos os estádios prontos em dezembro? Claro que sim, mas como houve atrasos, certas obras que deveriam ser feitas umas após as outras terão que ser feitas simultaneamente", acrescentou. Ele reconheceu que em Curitiba, por exemplo, terão de colocar estruturas de TI ao mesmo tempo que os assentos. "Mas teremos um estádio confortável", disse.

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A cidade esteve ameaçada de ficar fora da Copa por causa dos atrasos nas obras, mas a Fifa anunciou nesta terça que a Arena da Baixada será mantida no Mundial. "Em fevereiro estamos focados na entrega da solução... Quanto ao legado de infraestrutura, é um debate, mas o fato é que a Copa deixa uma legado muito grande em termos de mobilidade urbana e infraestrutura."

Arena Pantanal

Outro estádio envolvido em polêmica nesta semana é a Arena Pantanal, em Cuiabá, que sofreu um incêndio em outubro do ano passado e, segundo um relatório do Ministério Público, os danos causados seriam maiores do que os revelados.

"Nós nunca tememos que o incêndio poderia causar danos ao estádio. Pedimos informações por parte de uma entidade independente, e isso nos foi confirmado. Espero que todos vocês saibam que segurança é nossa preocupação principal", disse Valcke.

O secretário-executivo do ministério afirmou que houve um conjunto de estudos conduzidos pelo governo de Mato Grosso que apontou que não houve dano após o incêndio. "O que o MP solicitou foram estudos adicionais. Garantir a segurança é condição número um, então tudo que precisar ser feito, será feito", disse Fernandes.

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