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Copa salga preços de alimentos em aeroporto de Porto Alegre

Valores de produtos e alimentação estão mais altos no Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha

8 jul 2014 - 22h40
Preços salgados assustam turistas em aeroporto
Preços salgados assustam turistas em aeroporto
Foto: Juarez de Andrade Júnior / Unisinos

Despreocupação é o sentimento que parte das pessoas quer sentir ao viajar. Mas para quem pretende descansar sem sentir os efeitos financeiros no bolso precisa ficar atento, principalmente para quem for de avião. 

Os aeroportos são conhecidos pelos altos preços, tanto em relação aos produtos oferecidos, como no setor alimentício. Contudo, em época de Copa, os turistas devem ficar em alerta: os valores, ao menos no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, estão diferenciados e, em muitos locais, acima do normal. 

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Os efeitos nos preços não vieram nos últimos dias. Segundo a viajante Franciele Scaratti, faz mais tempo que os valores foram modificados. “Tudo está mais caro. Creio que há um mês, mais ou menos, é que ficou nítida a diferença”, relatou. 

A jovem de 25 anos vinha do Rio de Janeiro com Washington Luiz, 59 anos. Para os dois, é preciso pesquisar. “Os valores aqui estão mais razoáveis do que em relação ao Rio. Se fosse comparar, provavelmente diria que o custo para comprar algo lá está 500% acima”, ameniza Washington, exemplificando que uma água de coco nas terras cariocas não sai por menos de R$ 15. 

Além dos turistas, quem trabalha no aeroporto também sente os efeitos do aumento. Diego Rambo, vendedor na loja La Victoria, fala que percebeu a subida nos últimos meses. “Algumas coisas até mantiveram o preço, mas a maioria foi subindo em torno de R$ 0,50 a R$ 1”, comenta. 

Apesar de R$ 1 parecer ser pouco, para muitos pode fazer a diferença. Em um dos locais que vende lanches, fazer uma rápida refeição pode custar caro. Um misto quente custava R$ 10, enquanto um simples café com leite, R$ 6,75.  O custo total de R$ 16,75 desses alimentos equivale a um prato executivo no Trop Café, a lanchonete popular do aeroporto. Para quem quiser alimentar-se com salada, arroz, feijão e carne, o valor fica em R$ 16,90. Já para quem prefere a refeição rápida, no restaurante popular, o mesmo café com o misto quente sairia no total por R$ 7,40. Para ter uma ideia, a diferença nos valores desses dois locais chega a mais de 100%. 

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Inaugurado há cerca de um ano e um mês, o Trop Café veio para aumentar a concorrência e aliviar o bolso de quem está no Salgado Filho. Fabiano Severo, gerente da lanchonete popular, diz que o movimento começou a acentuar apenas uma semana antes da Copa iniciar. “Nos últimos dias, a neblina cancelou muitos voos, e, com isso, os turistas vieram para o terceiro andar, então tivemos um movimento bem alto de pessoas de fora, principalmente de argentinos e uruguaios”, disse Severo, reiterando que os vizinhos hermanos são o principal público. 

Yene Veronica, uma médica uruguaia naturalizada brasileira há 25 anos, tem o costume de viajar a cada dois meses, tanto para fora do País, quanto dentro do Brasil. Em outro local de lanches do aeroporto, pagou R$ 20 por um misto quente e um café. “Hoje chamou a atenção os preços na hora de pagar a conta. Acho um absurdo o valor, se eu soubesse, teria ido a outro local. Acho que a Copa na verdade só deu oportunidade para os restaurantes aumentarem os valores”, reclamou Yene das diferenças na praça de alimentação. Apesar de morar em Florianópolis, uma cidade turística e capital de Santa Catarina, a médica fala que a ascensão no valor das etiquetas ocorreu no País inteiro. “Viajo muito para São Paulo e Rio de Janeiro também e percebi que lá tudo está mais caro. Em Porto Alegre, me surpreendi com a alta, pois fazia tempo que não vinha. Apesar de não me recordar de quanto gastei numa refeição na última vez, tenho certeza que subiu muito”, confirma. 

Para quem está indeciso, o Botequim Brasil oferece não só lanches rápidos, mas também buffet a quilo. Inaugurado há 14 anos junto ao aeroporto, está em nova localização há cerca de dois meses, sendo que há cinco não aumenta o valor nos produtos. De acordo com Ezequiel Martins, atendente do restaurante, os aumentos que ocorreram foram pequenos, mas houve também diminuição. “Aumentou o valor das bebidas basicamente, o refri aumentou R$ 0,25, passando a ser R$ 6. Já o buffet a quilo diminuiu R$ 0,50, passando para R$ 54”, enfatizou Martins, lembrando que o valor de qualquer salgado passou para R$ 8. 

A praça de alimentação não é o único lugar com preços altos. Algumas lojas que comercializam produtos gerais, vestuário, acessórios e lembranças do Rio Grande do Sul e da Copa do Mundo também aumentaram os valores. É o caso da farmácia do aeroporto, que mantém iguais apenas os preços de medicamentos, visto que são tabelados. Enquanto em um supermercado ou loja do centro de Porto Alegre, o desodorante de determinada marca custa cerca de R$ 10, na drogaria do Salgado Filho o mesmo produto custa R$ 17. 

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Supervisão: professora Anelise Zanoni.

Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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